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domingo, 31 de outubro de 2010

mapa do horário brasileiro

Fique ligado nas horas no país com o horário de verão.


retirado de G1 Disponível em http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/10/resultado-parcial-de-referendo-indica-que-acre-prefere-horario-antigo.html Acesso em 31/10/2010

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Biomas Brasileiros

Um infográfico muito legal sobre os Biomas Brasileiros.

http://www.forumbiodiversidade.com.br/biomas.php

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

 Coletânea questões de geografia
View more presentations from Maria Olandina Machado.

Questões de Cartografia, Clima e Geologia.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Indonésia: terremoto, tsunami e vulcão

Ontem, 25 de outubro, ocorreu um terremoto de magnitude 7,7 que afetou a costa oeste da Indonésia. Este terremoto provocou ondas gigantes, os tsunamis, em várias ilhas e provocando diversas mortes. Hoje os jornais anunciam que o Monte Merapi, localizado na Ilha de Java, entrou em atividade e há riscos de erupção.

Esses eventos possuem alguma relação? Sim!

A Indonésia fica localizada na região chamada "Círculo de fogo do Pacífico", onde estão concentrados o maior número de vulcões e atividades sísmicas.
                                           Fonte: Wikipedia

A Indonésia fica localizada numa região de convergência de várias placas tectônicas: Placa Indoaustraliana, 
Placa Euroasiática, Placa Filipina e Placa do Pacífico.


Veja no link um infográfico e entenda como ocorrem os terremotos.
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL89397-5603,00.html

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Seca pode bater recorde na Amazônia

A seca de 2010 ainda não terminou na Amazônia e pode ultrapassar a de 2005 como a mais grave da região nas últimas quatro décadas.
O nível do rio Solimões atingiu sua maior baixa histórica no oeste do Amazonas. Em Manaus, o Negro se aproxima do nível de 1963, o mais baixo em um século.
Mesmo que a previsão não se confirme, a floresta já terá registrado três estiagens extremas em 12 anos, duas delas nos últimos cinco anos: 1998, 2005 e 2010.
E isso se ninguém incluir na estatística a seca de 2007, que só atingiu o sudeste amazônico e deixou 10 mil quilômetros quadrados de floresta calcinados na região.
Cientistas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) estão coletando dados de chuva e vazão de rios para tentar descrever o fenômeno deste ano. O que eles sabem, por enquanto, é que esta é uma estiagem diferente de tudo o que já se viu.
"Esta seca não foi anunciada", diz José Marengo, climatologista do Inpe.
Segundo ele, nos eventos extremos de 1998 e 2005, a região começou a secar já no fim dos anos anteriores. "Neste ano, tivemos reduções muito pronunciadas em maio, 40% menos de chuva. Na de 2005, chegou a 50% de redução já no início do verão", afirma ele.
Em comum, ambas as secas têm o fato de não terem sido causadas por El Niños, como foi o caso de 1998. Naquele ano, apesar de a redução de precipitação ter batido o recorde, os rios amazônicos não sofreram tanto.
"Achava-se que El Niños fortes explicassem as secas, mas não é isso o que está acontecendo agora", diz Marengo. "O El Niño deste ano foi fraco", continua.
Segundo Javier Tomasella, também do Inpe, a vazante anormal do Negro pode ser explicada pela redução do volume dos afluentes da margem sul do Amazonas.
Como o Negro é "represado" pelo Solimões em Manaus, a baixa deste automaticamente faz aquele vazar.
Marengo diz que o aquecimento anormal do Atlântico tropical norte pode explicar parte da seca.
O transporte de umidade para dentro da Amazônia é influenciado por ventos que sopram do oceano. Quando o Atlântico esquenta demais, ele concentra as chuvas sobre a água mais quente e afasta a umidade da região.
Essa também é a explicação provável da seca de 2005, que coincidiu com uma temporada de furacões anormal na região do Caribe.
Alguns estudos detectaram a influência do aquecimento global no fenômeno de 2005. "Mas a incerteza é grande", diz Marengo. Para ele, a chance de influência humana nesses extremos climáticos é "50% a 60%".

Novo clima

Seja como for, o cenário atual parece uma "avant-première" do futuro clima da região amazônica.
"Aquela Amazônia que tinha estações chuvosas tão bem definidas que você podia ajustar seu calendário por elas acabou", afirma o ecólogo Daniel Nepstad, do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia).
Segundo Nepstad, outro fator por trás das secas pode ser a grande quantidade de queimadas na região -a fumaça inibe a chuva, como já comprovaram diversos estudos na última década.
"A meu ver, é uma mistura de agropecuária e gases-estufa, é difícil destrinchar quanto é um ou outro", afirma o pesquisador. "Não sou climatologista, mas o tempo tem mudado nestes meus 25 anos de Amazônia."
(Folha de S. Paulo)

Fonte: Portal Aprendiz. Disponível em http://aprendiz.uol.com.br/content/chekojiswi.mmp Acesso em 22/10/2010

Como o IBGE conta os brasileiros

Renata Costa Sexta-feira, 22 de outubro de 2010 - 10h34

SÃO PAULO - José Sant’Anna Bevilaqua, diretor adjunto de TI do IBGE, explica como a tecnologia está tornando mais rápido o Censo 2010.
Uma mudança de ferramentas fará grande diferença no trabalho dos 190 000 recenseadores que estão nas ruas dos 5 565 municípios brasileiros para coletar informações para o Censo 2010. Neste ano, o papel e a caneta foram abandonados pelos profissionais. Eles chegam aos domicílios de todo o Brasil com smartphones (com a função de telefone bloqueada) para ajudar na tarefa. Outra mudança é o Censo Online, ferramenta para envio de dados dos cidadãos pela web. Por trás da evolução tecnológica está José Sant’Anna Bevilaqua, diretor adjunto de TI do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, e coordenador do Censo 2010. Bevilaqua, que atua no IBGE há 30 anos, falou à INFO sobre os avanços tecnológicos e as limitações do seu trabalho.
INFO -  Qual é a vantagem de usar smartphones na coleta de dados?
BEVILAQUA - No mesmo dia que encerrarmos a coleta de informações, 31 de outubro, teremos quase todos os dados contabilizados. Claro que ainda deve levar mais umas três semanas para chegar a última informação — aquela do cara que tem de pegar um barquinho e navegar até alguma cidade para nos mandar os últimos dados. Nos outros censos, levamos de três a quatro meses para publicar os primeiros resultados; e de três a quatro anos para divulgar as análises. Nesta vez, divulgaremos os primeiros números em 27 de novembro. No início de 2012, no máximo, teremos todas as análises. Dados como taxa de fecundidade, emprego, educação e outros estarão prontos para ser divulgados.
INFO - O que acontece com a informação depois que ela é colhida no smartphone?
BEVILAQUA - Há 7 000 postos de coleta espalhados pelo país, com laptops para centralizar as informações. Cada recenseador vai ao menos uma vez por semana ao posto para transmitir os dados. Três mil postos estão conectados à internet. Neles, a transmissão é feita quase automaticamente. Nos outros, a informação é salva num pen drive e transmitida a partir de um local com acesso à internet. Seria melhor se a informação nos fosse enviada diariamente. Mas isso ainda não é possível. No Acre, por exemplo, na época das secas, há rios que ficam completamente secos, o que impede a navegação neles. É preciso ir de bicicleta ou de moto sobre o leito do rio para chegar a uma cidade com conexão à internet.
INFO - Há postos de coleta com internet sem fio?
BEVILAQUA - Sim, em 20% dos postos colocamos modem 2G e 3G. No Pará, contratamos 20 antenas de transmissão por satélite.
INFO - Por que os recenseadores não usam netbooks na coleta de dados?
BEVILAQUA - Fizemos um teste com netbooks no ano passado. Foi um fracasso do ponto de vista da ergonomia. O equipamento tinha mais ou menos 1,1 quilo. O recenseador fica em pé, na rua, com aquilo no braço durante o dia inteiro. No final, o netbook pesava uma tonelada. Além disso, a luz solar atrapalhava a visibilidade da tela na rua.
INFO - Como fica a questão da segurança dos dados?
BEVILAQUA - Por lei, somos obrigados a preservar o sigilo da informação do cidadão. Quando as respostas à entrevista são colocadas no smartphone, elas são cifradas automaticamente. Nos laptops dos postos de coleta, os dados continuam criptografados. A transmissão pela internet exige que o funcionário faça login e digite uma senha. E as informações se mantêm codificadas. Só no nosso centro de informações os arquivos são abertos para o processamento.
INFO - Qual é a infraestrutura do IBGE para processar os dados?
BEVILAQUA - Temos servidores de diversos portes — desde mainframes z10, da IBM, até servidores de alta velocidade. Nosso data center central fica no Rio de Janeiro. Regionalmente, temos pequenos centros de processamento nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Bahia, para tratamento intermediário de dados.
INFO - As pessoas podem responder ao questionário do Censo na web?
BEVILAQUA - Ao receber o recenseador, a pessoa pode optar pelo preenchimento na internet. Nesse caso, ela recebe um código, uma senha e o link para acesso ao questionário online. O sistema está preparado para aceitar até 10 000 pessoas simultaneamente.
INFO - Como serão os censos no futuro?
BEVILAQUA - Nos próximos anos, teremos métodos estatísticos mais inteligentes. Com a informação de apenas algumas pessoas de um bairro, por exemplo, conseguiremos mapear toda a região. Ou seja, teremos investigação por amostra, graças ao avanço nos cálculos estatísticos.

Fonte: Info Abril. Disponível em http://info.abril.com.br/noticias/corporate/como-o-ibge-conta-os-brasileiros-22102010-10.shl Acesso 22/10/2010

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Seca ameaça o mundo


Falta de água atingirá grandes populações

Algumas das áreas mais populosas do mundo, como o sul da Europa, o norte da África e grande parte da América Latina, poderão enfrentar secas severas e sem precendentes até 2100, de acordo com um estudo publicado ontem.
O agravamento das secas vêm há tempos sendo previsto como consequência da mudanca do clima, mas um  novo estudo do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica, dos EUA, projeta sérios impactos já para a década de 2030. E, no final do século, as secas deverão ser mais intensas que em qualquer momento da história registrada.
Os cientistas usaram uma medida chamada Índice Palmer de Severidade de Secas, ou PSDI. Um ponto positivo é úmido, e um ponto positivo é seco. Como exemplo, a pior seca da história recente, na região do Sahel, na África ocidental, nos anos 1970, teve um PDSI de -3 ou -4.
Em contraste, as indicações são de que algumas áreas densamente populadas podem experimentar índices de -15 a -20 até o final do século. "O PSDI histórico dos últimos 60 anos mostra uma tendência de seca no sul da Europa, mas nada como estes valores que enxergamos à frente", diz o autor do estudo, Aiguo Dai.
Entre as áreas que poderão enfrentar a seca extrema estão três terços do oeste dos Estados Unidos; grande parte da América Latina, especialmente México e Brasil; regiões do Mediterrâneo; grande parte do sudoeste da Ásia; sudeste da Ásia, incluindo China e países vizinhos, e a maior parte da África e Austrália, informa a Reuters.

Foto: Creative Commons

Fonte: Planeta Sustentável. Disponível em http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/planetaurgente/seca-ameaca-mundo-270938_post.shtml. Acesso em 20/10/2010.

Aquecimento Global: temperatura bate recorde histórico em 2010

O Centro Nacional de Dados Climáticos dos Estados Unidos, NCDC, publicou ontem um novo relatório sobre o aquecimento do planeta. De acordo com o órgão, o período entre janeiro e setembro de 2010 se igualou ao ano de 1998 e registrou a sequência mais quente já registrada na história para os primeiros nove meses do ano.

anomalia de temperatura global até 2010
O relatório divulgado mostra que nos primeiros nove meses deste ano a temperatura média da Terra ficou 0.67º C acima da normal registrada nos últimos 131 anos. É o valor mais elevado já registrado no hemisfério norte e o segundo mais quente no hemisfério sul. Até hoje, a sequência anual mais quente foi observada em 2005.

Rank de temperatura mes de setembro
Os valores de temperaturas continentais e oceânicas combinados mostram que setembro de 2010 ficou 0.5º C acima da média de todos os meses de setembro do século 20, empatado com o mesmo mês do ano de 1998. O recorde de setembro foi estabelecido em 2005, quando a anomalia global combinada (oceano e áreas continentais) ficou 1.19º C acima da média.

Artes: No topo, gráfico mostra a anomalia térmica desde o ano de 1880 até o presente. Na sequência, recordes de temperatura para o mês de setembro. Créditos: NCDC/Apolo11.com

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Pampa perde 54% de sua área original

Por ser o mais recente bioma do Brasil, o Pampa ainda é pouco valorizado e já perdeu mais da metade de sua área original e diversas espécies típicas da fauna e flora gaúcha, por conta de atividades agropecuárias insustentáveis. 

Mônica Nunes/Débora Spitzcovsky
Apenas no ano de 2004, o Pampa – que, no Brasil, é restrito ao Estado do Rio Grande do Sul – foi reconhecido oficialmente como bioma pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e, também, pelo MMA – Ministério do Meio Ambiente. No entanto, apesar de ser um bioma recente, o Pampa já sofre com o problema da devastação ambiental e perdeu 54% de sua área original.
A destruição intensa da biodiversidade da região tem, apenas, um culpado: o desmatamento, que é praticado no bioma para possibilitar a realização de atividades agropecuárias insustentáveis. Entre as mais comuns estão a produção de papel e arroz e a pecuária intensiva, que acontecem, principalmente, na cidade de Alegrete, segundo levantamento feio pelo Ibama.
O alto índice de devastação estaria relacionado ao recente reconhecimento do Pampa como bioma. De acordo com o MMA, isso faz com que as pessoas não o valorizem como deveriam e, ainda, pensem que, por ser um bioma novo, ainda há muito para devastar sem grandes consequências.

PERDA DE BIODIVERSIDADE É PREOCUPANTE
O ritmo de devastação do Pampa ainda é o menor entre os biomas brasileiros. A região perde, em média, 364 km² anualmente, enquanto a Amazônia, por exemplo, perde 18 mil km² no mesmo período. Ainda assim, o MMA considera a perda da biodiversidade na região preocupante e digna de atenção, já que o Pampa possui uma grande quantidade de espécies da fauna e flora que são exclusivas do bioma.
No total, são quase 4 mil espécies típicas da região gaúcha, sobretudo vegetais – sem contar a biodiversidade que ainda é desconhecida pelos pesquisadores. Recentemente, por exemplo, foram descobertos novos tipos de peixes e crustáceos nos corpos d’água da região dos campos do Rio Grande do Sul.
A conservação de toda essa biodiversidade do Pampa traria, além dos já conhecidos benefícios da conservação da fauna e flora, uma outra vantagem: a garantia da manutenção das áreas de recarga do aquífero Guarani, que é um reservatório de água importantíssimo para os países do Mercosul (para saber mais, leia a reportagem Aquífero Guarani e a água do Mercosul).
Apesar disso, a proteção da biodiversidade do bioma ainda não é prioridade no Pampa. Segundo dados do governo do Rio Grande do Sul, apenas 3,6% das áreas do bioma consideradas prioritárias estão sob algum tipo de proteção. Para amenizar a situação, o MMA e o ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade realizaram alguns estudos técnicos e se comprometeram a criar três novas unidades de conservação na região. Além disso, o governo ainda quer incentivar outras iniciativas que considera importantes para a preservação do bioma, como o turismo ecológico e a pecuária extensiva, que é típica da cultura gaúcha e contribui para a manutenção e conservação da vegetação local.

O bioma Pampa, que ocupa a maior parte do Rio Grande do Sul, já perdeu quase 54% da vegetação original. Os dados mais recentes do desmatamento do bioma, divulgados hoje (22) pelo Ministério do Meio Ambiente, mostram que, entre 2002 e 2008, 2.183 quilômetros quadrados (km²) de cobertura nativa foram derrubados.
O levantamento, feito pelo Centro de Monitoramento Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)*, aponta os 19 municípios gaúchos que mais desmataram o bioma no período. Alegrete, no extremo oeste do estado, é o campeão de derrubada, com 176 km² de desmate entre 2002 e 2008. As cidades de Dom Pedrito e Encruzilhada do Sul aparecem em seguida, com 120 km² e 87 km² desmatados em seis anos.
Apesar do grande percentual desmatado, o ritmo de devastação do Pampa é o menor entre os biomas brasileiros. De acordo com os dados do MMA, a região perdeu anualmente, em média, 364 km² de vegetação nos últimos seis anos. No Cerrado, o ritmo anual de devastação é de 14 mil km² por ano e, na Amazônia, a derrubada atinge 18 mil km² de floresta anualmente.

Veja a lista dos municípios que mais desmataram o bioma Pampa entre 2002 e 2008:

Município               Área desmatada entre 2002 e 2008 (km2)
Alegrete                                                   176,23
Dom Pedrito                                            120,45
Encruzilhada do Sul                                    87,27
Rosário do Sul                                           86,6
Santana do Livramento                              84,77
Uruguaiana                                                82,91
São Gabriel                                               81,29
Bagé                                                         66,69
Piratini                                                       63,73
São Borja                                                 60,68
Itaqui                                                        53,04
Jaguarão                                                   48,56
São Francisco de Assis                             43,23
Cachoeira do Sul                                      42,68
Santiago                                                   40,99
Cacequi                                                   39,59
Santa Maria                                             36,19
Maçambara                                             35,88
Tupanciretã                                             34,84

Conceitos básicos da Geografia

Professor José William Vesentini, renomado professor de geografia explica os principais conceitos da Geografia: espaço, território, região, paisagem e lugar. Uma web-aula da Abril Educação.



Visualização através do blog Suburbano Digital - http://ataksuburbano.blogspot.com/

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Somos todos um.

Vídeo maravilhoso!

Americanos não entendem aquecimento

Sessenta e três por cento dos americanos acreditam que o aquecimento global está acontecendo, mas muitos não entendem porque, diz estudo da Universidade Yale.

A pesquisa mostra que apenas 57% dos americanos sabem o que é o efeito dos gases estufa, e só 47% entendem que o CO2 aprisiona calor da superfície da Terra, informa o Physorg. Dos pesquisados, 50% entendem que o aquecimento é causado em sua maior parte por atividades humanas. E a grande maioria acha, incorretamente, que o buraco na camada de ozônio e aerossóis possam causar aquecimento. 75% deles nunca ouviram falar de problemas como a acidificação do mar.

No entanto, muitos compreendem que as emissões de carros e caminhões, e a queima de combustíveis fósseis, contribuem com o aquecimento global, e que a transição para fontes alternativas de energia é uma solução importante.

Quase todos reconhecem as limitações de seus conhecimentos. Apenas 1 em cada 10 pessoas diz estar "bem informada"sobre a mudança do clima. Mas 75% dizem que as escolas deveriam ensinar as crianças sobre a mudança do clima, enquanto 68% aprovariam um programa nacional para a melhor compreensão do tema.

PS: grifos meus.
PS2: entenda-se americanos como os estadunidenses.
PS3: gostaria de ver uma pesquisa dessas no Brasil.

Fonte: Planeta Sustentável. Disponível em http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/planetaurgente/eua-mostram-desinformacao-270479_post.shtml. Acesso em 18/10/2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Brasil assina protocolo sobre transgênicos

Até o dia 15 deste mês, os países signatários do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança estão reunidos na MOP-5- 5ª Reunião das Partes do Protocolo de Cartagena, em Nagoya, Japão, para discutir um acordo de compensação financeira por possíveis danos de produtos transgênicos. Desse encontro deve sair o Protocolo Suplementar ao Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança, que trata da responsabilidade financeira em caso de danos por transgênicos. 
Marina Franco
O protocolo também foi chamado de Nagoya-Kuala Lumpur em referência à cidade japonesa sede da MOP-5 e a capital da Malásia, que sediou as últimas reuniões do Grupo de Trabalho sobre Responsabilidade e Reparação. Ele foi negociado durante seis anos por países em desenvolvimento, importadores e exportadores de grãos geneticamente modificados e países desenvolvedores da tecnologia para a transgenia. Durante esse período, o Brasil, que é um grande exportador de commodities transgênicas, tentou impedir que o texto final o responsabilizasse financeiramente por possíveis danos à biodiversidade e à saúde causados em países importadores desses produtos.
A delegação brasileira, junto com as do Paraguai, México e África do Sul, se opunha às garantias financeiras para cobrir esses danos com o argumento de que elas encareciam o mercado. Além disso, reforçariam a cadeia de produção dessas sementes, que é concentrada por grandes empresas de biotecnologia como Monsanto, Syngenta, Bayer, Basf, Dow e Dupont.
Mas o Ministério da Agricultura, entre outros representantes do Itamaraty, aceitou as condições do protocolo e aprovou o texto final, que dá direitos aos consumidores de transgênicos de cobrarem de países exportadores compensação pelos possíveis danos. Atribui-se a mudança de posição do país ao momento eleitoral, ao seu papel internacional como país megadiverso e a pressão da sociedade civil. O presidente Lula recebeu uma carta assinada por 65 organizações sociais cobrando a defesa do seguro como medida de biossegurança.
O protocolo também pode ser interpretado de modo a englobar os produtos derivados de transgênicos. Assim, proteínas, toxinas e materiais processados a partir do transgênico que causarem algum dano também podem ser um argumento para os países exigirem compensação financeira. O texto prevê que devem ser feitos estudos sobre os modos de segurança financeira e impactos ambientais dos organismos geneticamente modificados quando o Protocolo entrar em vigor, o que pode acontecer até o final dessa semana. Para valer no Brasil, ele deve ser aprovado pelo Congresso Nacional. 
Fonte: Planeta Sustentável. Disponível em http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/saude/brasil-assina-protocolo-transgenicos-603885.shtml. Acesso em 14/10/2010.

Desertificação

Conter a desertificação que ameaça um bilhão de pessoas no planeta é a meta da ONU para a próxima década. O plano de combate deve contemplar o semiárido no Nordeste e norte de MG, mas os solos sem cobertura vegetal no pampa ficam de fora: entenda por quê.

Por: Bruna Ventura - Publicado em 14/10/2010 | Atualizado em 14/10/2010

Um terço da população mundial vive em terras secas em mais de 100 países – a maioria deles em desenvolvimento. De acordo com a estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de um bilhão de pessoas têm sua subsistência ameaçada pelo risco da desertificação, que pode levar ao rompimento de quase metade dos sistemas de cultivo de todo o mundo.
A gravidade da ameaça levou a ONU a lançar um plano de combate à desertificação, que busca a proteção e o manejo responsável das terras secas nos próximos dez anos. A Década para os Desertos e a Luta contra a Desertificação foi anunciada no último mês de agosto, simultaneamente no Brasil e na África.
No Brasil, a ameaça da desertificação costuma ser associada a duas regiões distintas – o semiárido do Nordeste e os pampas gaúchos. No entanto, o que se verifica em cada uma dessas áreas são fenômenos causados por fatores de natureza diversa – tanto que alguns especialistas preferem usar termos diferentes para designá-los.

vídeo institucional da ONU que alerta para os riscos da desertificação

O caso do semiárido

Em grande parte da região Nordeste e no norte de Minas Gerais, as áreas suscetíveis à desertificação cobrem mais de um milhão de quilômetros quadrados segundo as estimativas oficiais  do Ministério do Meio Ambiente (que incluem ainda nessa estatística uma área do noroeste do Espírito Santo, contestadas por alguns pesquisadores por não apresentar clima seco).
O risco de desertificação é associado a um processo de degradação do solo motivado pela intervenção humana. “O desmatamento, o pastoreio em excesso e a irrigação mal feita são responsáveis por essa degradação”, resume Bartolomeu Israel de Souza, estudioso do tema na Universidade Federal da Paraíba.
“Os principais prejuízos são a redução da biodiversidade, a compactação, erosão e diminuição da fertilidade dos solos, o assoreamento dos rios e a extinção de nascentes de água.”
O geógrafo lembra também que o aquecimento global também pode ter sua parcela de culpa. “De acordo com a definição oficial da ONU para desertificação, as mudanças climáticas também podem gerar esse tipo de impacto ambiental, mas ainda não existem provas de que isso aconteça no Brasil”, afirma.
Souza considera bem-vinda a campanha contra a desertificação no semiárido brasileiro. “O plano da ONU pode canalizar investimentos nacionais e internacionais para o uso sustentável das terras. Outras medidas de combate são o reflorestamento e a contenção da erosão”, destaca o pesquisador.
Ele também alerta para a necessidade de investimentos em educação, assistência técnica para os pequenos e médios produtores da zona rural, revisão política da distribuição de terras, mapeamento de unidades de conservação ambiental e incentivo ao turismo rural e ao ecoturismo na região.

Arenização vs. desertificação

A outra região do Brasil que vem à mente quando se fala em desertificação é o pampa da região Sul. As áreas de solo exposto nesse bioma já foram consideradas vítimas em potencial da desertificação em decorrência da monocultura de soja, que enfraquece o solo e elimina a vegetação original. No entanto, essas áreas não estão contempladas no plano da ONU, e alguns especialistas relutam em falar de desertificação para definir o que ocorre ali.
“Para que uma área seja considerada desertificada, o solo em questão deve estar localizado em regiões áridas, semiáridas ou semiúmidas. O pampa é úmido”, explica a geógrafa Dirce Maria Suertegaray, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
 “O que vemos, principalmente na porção sudoeste do Rio Grande do Sul, são dois processos diferentes de erosão do solo. Um corresponde à ação humana, enquanto o outro é um fenômeno natural que, portanto, não deveria ser combatido”, diferencia.
Segundo a pesquisadora, que estudou dez cidades no sudoeste do Rio Grande do Sul, existem áreas onde a erosão do solo não tem está vinculada à interferência humana. Nesse caso, o conceito mais adequado para denominar o processo é arenização.
Panorama do pampa gaúcho. Esse bioma conta com várias áreas em que o solo sofreu um processo natural de erosão do solo, que os especialistas preferem chamar de arenização, em vez de desertificação (foto: Eduardo Amorim – CC 2.0 BY-NC-SA).

“O solo dessas regiões está associado a depósitos superficiais arenosos que podem ter origem vinculada a processos fluviais e eólicos de clima semiárido. Há cerca de 3 mil anos, esse local era dominado por um clima semiárido, e não úmido, como conhecemos hoje, e as dunas que constituem parte desses depósitos superficiais são uma herança desse tempo”, diz Suertegaray.
De acordo com a geógrafa, o clima se tornou úmido com o passar do tempo, o que fez com que a vegetação se expandisse. “A umidificação do clima e os processos decorrentes da ação das águas, como o escoamento concentrado na forma de ravinas e voçorocas, formaram sulcos no solo que, em alguns casos atingiram os lençóis freáticos. Estes processos promoveram e a remobilização das areias. Com isso, os depósitos superficiais foram parcialmente removidos e originaram os areais”, explica.

Pampas de fora

Por causa dessa diferença, o Ministério do Meio Ambiente, assim como a ONU, não inclui o pampa gaúcho no plano de combate à desertificação que estabeleceu em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em vez disso, o órgão classifica o sudoeste do Rio Grande do Sul como uma área de atenção especial.
“Existem interesses políticos e administrativos em receber aporte internacional para recuperar estes biomas, mas, no caso do pampa, está comprovado que o processo de arenização promoveu um ecossistema particular, de origem antiga, com espécies vegetais e animais adaptadas aos areais", avalia Suertegaray.
"Então, a verba recebida seria destinada a quê? A destruir esse ecossistema particular? Não seria melhor investir na reconstituição das áreas que efetivamente foram erodidas pelas atividades humanas?”, questiona a geógrafa.

Fonte: Ciência Hoje On-line. Disponível em http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2010/10/proximo-alvo-desertificacao. Acesso em 14/10/2010.

Brasil cai no ranking global de desigualdade salarial homem x mulher

14 de outubro de 2010 |
 



Carolina Dall’Olio e Marcos Burghi

Embora tenham conquistado mais espaço no mercado de trabalho, as mulheres continuam a ganhar menos que os homens, mesmo quando ocupam cargos semelhantes. Pior: a diferença salarial entre os gêneros tem só aumentado nos últimos cinco anos. É o que mostra um levantamento do World Economic Forum.
A entidade internacional, que analisa anualmente as condições de trabalho de homens e mulheres em 134 países, revela que o Brasil vem perdendo posições no ranking de Igualdade Salarial Para Trabalhos Semelhantes. Em 2006, o País ocupava o 98º posto. Este ano, caiu para 123ª posição. Numa escala de zero (desigualdade) a um (igualdade), o Brasil recebeu a nota 0,5.
Denise Delboni, professora de relações trabalhistas da Faap, atribui a diferença a uma oferta excedente de mulheres no mercado. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a representatividade feminina entre os trabalhadores da região metropolitana de São Paulo subiu de 44,8% em 2005 para 46,2% este ano, passando de 4,1 milhões para 4,6 milhões de trabalhadoras. “Além da concorrência geral, a disputa aumenta também entre as mulheres, o que leva ao achatamento dos salários”, explica Denise.
Como muitas mulheres têm dupla jornada, isto é, precisam dar conta das atividades profissionais e dos cuidados com a família, os contratantes supõem que uma funcionária terá de se ausentar do expediente mais vezes, para levar os filhos ao médico, por exemplo, o que reflete no salário oferecido. “Como os homens geralmente se dedicam apenas ao trabalho, eles têm maior disponibilidade para reuniões e viagens, o que conta na hora da contratação e da definição do salário”, admite Denise.
Na avaliação de Janete Dias, coordenadora do departamento de Carreiras da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap), a diferença salarial mostra uma contradição do mercado. “O número de mulheres com mais estudo é maior”, diz. Dados da mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), feita pelo IBGE em 2009, atestam que na região metropolitana as mulheres são 53,7% da população com mais de 15 anos de estudo, cerca de 1,02 milhão de pessoas. Os homens são 46,3% desse total, ou 874 mil profissionais. Na opinião de Janete, a diferença detectada pelas pesquisas é fruto de preconceito. “É como se as mulheres tivessem de pagar por futuros afastamentos, como no caso da maternidade”, critica. 

Fonte: Jornal da Tarde. Disponível em: http://blogs.estadao.com.br/jt-seu-bolso/brasil-cai-no-ranking-global-de-desigualdade-salarial/ Acesso em 14/10/2010

Reflexão sobre o dia do professor

Longevidade dos(as) professores(as)

O SEGREDO... 
Um médico saiu pra caminhar e viu essa velhinha da foto sentada num banco esperando o ônibus. 
Se aproximou e perguntou:
"Se nota que é tão feliz...qual é seu segredo??  
Ela  respondeu:  "Sou PROFESSORA, durmo às 3 da manhã corrigindo provas e planejando atividades, me levanto às 6 da manhã.   Nos fins de semana não pratico nenhuma atividade física, não me divirto. Trabalho fazendo projetos, corrigindo mais provas, revisando exercícios ou atualizando meu blog!!! Todo final de semana,  sábado, domingo e se a segunda é feriado, também. 
  Não tomo café, não almoço e nem janto direito porque não dá tempo. 

   O doutor então exclamou:
- "Mas isso é extraordinário. Quantos anos a senhora tem??  
- 39, lhe respondeu a velhinha!

Feliz dia do professor!! e cuidemos também de nossas vidas :)

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Leitura de gráficos e tabelas

Vídeo super interessante sobre dicas de leitura e gráficos e tabelas, uma das competências do ENEM.


terça-feira, 5 de outubro de 2010

Dois pesos...

Maria Rita Kehl - O Estado de S.Paulo
Este jornal teve uma atitude que considero digna: explicitou aos leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso, alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é maquiada, mas na internet o jogo é duro.
Se o povão das chamadas classes D e E - os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil - tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.
Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos destinatários. Reproduzia a denúncia feita por "uma prima" do autor, residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o dinheiro da Bolsa-Família. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria? Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.
Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do governo. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a comprar o que comer. O economista Paul Singer informa que, nas cidades pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem, proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto da turma da "esmolinha" é político e revela consciência de classe recém-adquirida.
O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns empregadores costumavam contratar, por menos de um salário mínimo, pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano tem ideia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos. Um amigo chamou esse efeito de "acumulação primitiva de democracia".
Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de 2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos pensavam nos interesses do País. Jaguaribe só não explicou como foi possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser desqualificado como pouco republicano.
Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.

Fonte: Estadão. Disponível em http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101002/not_imp618576,0.php. Acesso em 05/10/2010.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Natureza, agricultura e biotecnologia

Este projeto de trabalho consiste em uma pesquisa destinada a evidenciar uma série de argumentos favoráveis e contrários à aplicação da biotecnologia à agricultura. Para isso é preciso levar em conta argumentos associados à diferentes áreas de conhecimento, em especial Geografia, Ecologia, Biologia e Saúde Pública. As fontes de consulta devem abranger textos de especialistas das diversas áreas, de livros, jornais, revistas e da internet. Além disso, os alunos deverão assistir ao programa Cidades e Soluções (postados abaixo) que aborda a questão dos transgênicos. 
Os alunos deverão seguir o seguinte roteiro de questões: 

1) Conceituação de biotecnologia. 
- No que ela consiste? Quais são os princípios científicos que a fundamentam? Quais são as técnicas que emprega?

2) Biotecnologia e agricultura.
Quais são as aplicações atuais? E as possibilidades de desenvolvimento futuro? Quais são as empresas e instituições que lideram esse campo? Quais os interesses econômicos envolvidos? Que tipo de mudança a biotecnologia pode provocar no mercado mundial de produtos agrícolas?

3) Panorama geográfico e econômico da aplicação da biotecnologia à agricultura.
Quais os países que se destacam no setor? Quais são os produtos geneticamente modificados mais importantes no mercado?

4) Argumentos favoráveis em relação a aplicação da biotecnologia à agricultura. (Seria interessante classificá-los em argumentos de ordem científica e de ordem econômica).

5) Argumentos contrários.(Do mesmo modo, classificá-los como na questão anterior).

As questões deverão ser respondidas para discussão na próxima aula, dia 06/10. Após as discussões deve ser entregue um RELATÓRIO INDIVIDUAL até dia 13/10.

Paisagens do mundo