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terça-feira, 30 de agosto de 2011

"Terremoto que atingiu os EUA é raro", afirma especialista

O terremoto que atingiu a costa leste dos Estados Unidos nesta terça-feira não foi comum. Apesar de a região ser alvo constante de pequenos tremores, um abalo de magnitude 5,9 na escala Richter só ocorre a cada 50 anos, de acordo com Marcelo Assumpção, professor do Instituto de Geofísica da Universidade de São Paulo. "É uma estimativa. Quanto mais forte o terremoto, mais raro ele é."
De acordo com Assumpção, é por isso que houve tantas reações ao tremor. "A costa leste não está acostumada a tremores como a oeste. Por isso as pessoas se assustam mais". A região está muito longe do encontro de placas tectônicas, áreas mais sensíveis aos tremores. "A costa leste é uma região mais estável, como o Brasil", afirma Assumpção.
Mesmo longe do encontro das placas tectônicas da América do Norte, os terremotos ocorrem na costa leste porque a crosta está sujeita a pressões muito grandes, explica o professor. "A placa está sendo pressionada na direção leste-oeste. Quando essa pressão a faz trincar, ela treme e causa terremotos".
Assumpção explica que o terremoto que teve epicentro em Richmond, no estado de Virgínia, e abalou a capital Washington, foi 100.000 vezes menos intenso que o de Fukushima, que atingiu o Japão em março. "Como foi um terremoto raso, com apenas 6 quilômetros de profundidade, é possível que algumas estruturas próximas ao epicentro tenham rachado", disse Assumpção. De acordo com o especialista ele foi sentido em um raio de até 300 quilômetros e pode ter causados estragos em um raio de 20 quilômetros.
A costa leste dos Estados Unidos já viu terremotos mais fortes. O mais intenso, de 7 graus na escala Richter, aconteceu no estado da Carolina do Sul em 1886.
O Brasil já teve tremores parecidos com o que atingiu os EUA nesta terça em 1955: ambos com magnitude de 6,2 graus na escala Richter.
O tremor em solo americano foi sentido por equipamentos brasileiros. A Universidade de São Paulo está implantando uma rede de detecção sismográfica e os aparelhos localizaram o epicentro e calcularam a magnitude automaticamente. O Instituto de Geofísica ficou sabendo do terremoto momentos depois que ele ocorreu.

No link abaixo há mais informações sobre terremoto e um vídeo do prof. Afonso Vasconcelos Lopes, Doutor em geofísica e professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP)

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/terremoto-que-atingiu-os-estados-unidos-e-raro-afirma-especialista
Acesso em 30 ago 2011

sábado, 27 de agosto de 2011

Google maps acompanha o furacão Irene

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Descoberto rio subterrâneo embaixo do Rio Amazonas

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/08/2011
Descoberto rio subterrâneo debaixo do Rio Amazonas

Ao contrário do que se possa imaginar, o rio subterrâneo não corre por um enorme "túnel" nas profundezas da Terra, mas permeia através dos poros das rochas sedimentares. Imagem: ON]

O estado do Amazonas pode ter não apenas o maior rio do mundo em volume de água, mas também o maior rio subterrâneo do mundo.
Esta é a impressionante conclusão de um estudo feito pelos pesquisadores Valiya Hamza e Elizabeth Pimentel, do Observatório Nacional, localizado no Rio de Janeiro.
Rio Hamza
O rio subterrâneo foi descoberto analisando-se dados de 241 poços de grande profundidade, feitos pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980. Mas, em vez de petróleo, os geofísicos podem ter encontrado o maior rio subterrâneo do mundo.
Os pesquisadores batizaram provisoriamente o rio subterrâneo de Rio Hamza, em homenagem ao professor que coordenou a pesquisa.
Os dados obtidos com a perfuração dos poços permitiram a identificação de um grande movimento de águas subterrâneas em profundidades de até 4.000 metros, localizado sob as bacias sedimentares dos rios Acre, Solimões, Amazonas, Marajó e Barreirinhas.
Mas o rio subterrâneo pode se estender por outras áreas, uma vez que os poços profundos perfurados pela Petrobras cobrem apenas uma parte da região amazônica.
Rios amazônicos
Segundo Elizabeth, o fluxo de águas subterrâneas é predominantemente vertical até cerca de 2.000 metros de profundidade, mas muda de direção e torna-se quase horizontal em profundidades maiores.
O rio subterrâneo corre de oeste para leste, iniciando na região de Acre, passando pelas bacias de Solimões, Amazonas e Marajó e alcançando as profundezas do mar, nas adjacências de Foz de Amazonas.
Segundo Prof. Hamza, os dados indicam que se trata de de um rio subterrâneo debaixo de Rio Amazonas.
De acordo com essa interpretação, a região Amazônica possui dois sistemas de descargas de fluidos: a drenagem fluvial na superfície, que constitui o Rio Amazonas, e o fluxo oculto das águas subterrâneas através das camadas sedimentares profundas, formadas por rochas porosas, por onde a água flui.
Dados do rio subterrâneo
Os dados geofísicos, contudo, indicam uma grande diferença na vazão dos dois rios: a vazão média do Rio Amazonas é estimada em cerca de 133.000 metros cúbicos por segundo (m3/s), enquanto a vazão do rio subterrâneo é estimada em 3.090 m3/s.
Embora pareça pouco em relação ao Amazonas, esse volume de água é superior à vazão média do Rio São Francisco.
A largura do Rio Amazonas varia de 1 a 100 quilômetros na área de estudo, enquanto o Rio Hamza varia de duzentos a quatrocentos quilômetros.
As águas do Rio Amazonas têm uma velocidade que varia de 0,1 a 2 metros por segundo, dependendo das condições geográficas, enquanto o rio subterrâneo é imensamente mais lento, na faixa de 10 a 100 metros por ano.
Isso ocorre porque, ao contrário do que se possa imaginar, o rio subterrâneo não corre por um enorme "túnel" nas profundezas da Terra, mas permeia através dos poros das rochas sedimentares.

Disponível em: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=descoberto-rio-subterraneo-debaixo-rio-amazonas Acesso em 25 ago 2011

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

rios de lava

Paisagens do mundo