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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Comprar, descartar, comprar: a história secreta da obsolescência programada


Fabricados para no durar (Comprar, tirar, comprar) from ATTAC.TV on Vimeo.


Fonte: Coluna Zero. Disponível em: http://www.colunazero.com.br/2011/07/documentario-sobre-obsolescencia.html. Acesso em 15 jul. 2011

Infográfico sobre o processo migratório no Brasil

Um material muito interessante produzido pelo Estadão, sobre o proccesso migratório nos últimos 15 anos.

http://www.estadao.com.br/especiais/os-novos-movimentos-de-migracao-no-brasil,142726.htm

Dados sobre migração divulgados pelo IBGE

O número de brasileiros que migra de uma região do país para outra está em queda, revela estudo divulgado hoje pelo IBGE.
De 1995 a 2000, 3,3 milhões de pessoas saíram de sua região para tentar a vida em um Estado em outra região. O fluxo principal era de nordestinos com destino ao Sudeste.
De 1999 a 2004, este contingente já foi menor: 2,8 milhões. De 2004 a 2009, caiu ainda mais, para 2 milhões de pessoas.
Para os técnicos do IBGE, a melhoria nas condições de vida no Norte e Nordeste e o crescimento de cidades médias em todas as regiões com mais serviços e opções de trabalho fez com que os deslocamentos, antes mais comuns entre grandes regiões, fossem substituídos por uma migração de pequena distância, muitas vezes entre cidades dentro da mesma região.
O principal fluxo de migração no país foi, principalmente no século passado, de nordestinos indo para o Sudeste. Este movimento já estava em queda ao final do século passado, e continuou perdendo força na primeira década do século atual.
De 1995 a 2000, quase um milhão de nordestinos (969 mil pessoas) saíram do Nordeste em direção ao Sudeste. De 2004 a 2009, este contingente caiu mais que pela metade, para 444 mil.
Houve gente que fez também o caminho inverso, do Sudeste para o Nordeste. Este fenômeno é explicado principalmente pela migração de retorno, ou seja, brasileiros que haviam migrado do Sudeste para o Nordeste, mas optaram por voltar nos últimos anos.
Analisando por Estado, as unidades da federação com maior saldo migratório (número de imigrantes superior ao dos que saem, o que faz com que ganhem população) foram Goiás, Santa Catarina e Espírito Santo. No outro oposto --Estados que na conta dos que entraram e saíram acabaram perdendo população-- estão Bahia, São Paulo e Pará. 

Fluxo migratório no Brasil caiu 37% nos últimos 15 anos

O número de brasileiros que mudaram de Estado vem diminuindo nos últimos 15 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta (15). O levantamento mostra que, entre 1995 e 2000, cerca de 5,2 milhões de pessoas mudaram o Estado de residência. Entre 2000 e 2004, o número caiu para 4,6 milhões. Os dados mais recentes indicam que entre 2004 e 2009, pouco mais de 3,2 milhões de pessoas trocaram de Estado - há um recuo de 37% na comparação entre os dados de 2000 e 2009.
A queda também é percebida na migração inter-regional. De acordo com o Censo 2000, 3,3 milhões de pessoas haviam mudado de região nos cinco anos anteriores. A Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio (PNAD) de 2004 já mostra uma redução para 2,8 milhões. Por fim, a PNAD de 2009 revela que pouco mais de 2 milhões de pessoas haviam escolhido uma outra região para morar.
A análise divulgada nesta sexta-feira (15) pelo IBGE não se aprofunda na investigação das causas de tais fenômenos. No entanto, constata-se a mudança no comportamento da mobilidade espacial da população. As principais correntes migratórias observadas ao longo do século 20 estão perdendo força. Enquanto isso, está se intensificando o fluxo de imigrantes para outras regiões (como Norte e Centro-Oeste), ao mesmo tempo que se observa um aumento na proporção dos imigrantes de retorno.
Na região Norte, Roraima, Amapá e Amazonas comportam-se como pólos de atração migratória. O número de imigrantes que desembarcou em Roraima entre 2000 e 2004 foi quase o dobro do número de pessoas que deixaram o Estado. Já a região Nordeste continua com alta quantidade de emigrantes, embora os números venham diminuindo pouco a pouco.   

Saldo migratório por Grandes Regiões – 2000 / 2004 / 2009

2000 2004 2009
Norte 62.685 63.741 - 35.159
Nordeste - 764.048 - 86.587 - 187.869
Sudeste 458.587 - 215.308 -12.415
Sul - 19.195 34.586 98.853
Centro-Oeste 261.971 203.568 136.590
  • Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009
Embora o Sudeste continue sendo o principal destino dos imigrantes, sua diferença em relação às demais regiões está caindo. Estados como o Rio de Janeiro, que por muito tempo foi área de atração migratória, e Minas Gerais, de onde muitas pessoas se mudavam, estão se aproximando de um ponto de equilíbrio nesta balança.
No sul do país, Paraná e Rio Grande do Sul percebem um considerável fluxo de imigrantes de retorno, enquanto Santa Catarina é o Estado que mais atrai novos imigrantes – o atual saldo migratório de lá é de 80 mil imigrantes. O mesmo processo vive o Centro-Oeste, região que mais retém seus imigrantes.
Segundo a PNAD 2009, em termos absolutos, São Paulo continua sendo o Estado que mais recebe imigrantes (535 mil), seguido de Minas Gerais (288 mil), Goiás (264 mil), Bahia e Paraná (ambos com 203 mil novos imigrantes). Por outro lado, São Paulo também é o lugar que mais gera emigrantes (588 mil), seguido de Bahia (312 mil), Minas Gerais (276 mil), Paraná (171 mil) e Rio de Janeiro (165 mil).

São Paulo recebe menos da metade dos imigrantes de 15 anos atrás
São Paulo recebe menos da metade dos imigrantes de 15 anos atrás, revela análise do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada hoje (15), a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD) de 2009.
Em 2000, São Paulo havia recebido 1,2 milhão de novos imigrantes ao longo dos cinco anos anteriores. A queda já ocorreu logo no período posterior, uma vez que, em 2004, o número de imigrantes caíra para 832 mil. O processo se acentuou nos anos seguintes: em 2009, São Paulo havia recebido 535 mil imigrantes durante os cinco anos anteriores. O dado de 2009 equivale a 43,7% daquele de 2000.
A diminuição no volume do fluxo migratório no Brasil nos últimos anos aconteceu de forma ampla. Nos últimos 15 anos, São Paulo saiu da condição de "área de baixa absorção migratória" para "área de rotatividade migratória". Em 2000, o Estado tinha 339 mil mais imigrantes do que emigrantes, ao passo que em 2009 o fluxo se inverteu, havendo 53 mil mais emigrantes do que imigrantes.
Semelhante processo se verifica no Rio de Janeiro. O Estado que em 2000 possuía 45 mil imigrantes a mais do que emigrantes, chegou a ter, quatro anos mais tarde, o número de emigrantes superior em 89 mil em relação ao de imigrantes. Em 2009, o fluxo de pessoas que deixaram o Rio de Janeiro foi superior em 24 mil pessoas na comparação com a quantidade daqueles que haviam elegido o Rio de Janeiro como nova residência.

Imigrantes, por Grandes Regiões de residência em 26/09/2009

  • Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009
De uma maneira geral, as estatísticas mostram que o Sudeste é hoje uma área de rotatividade migratória. Minas Gerais, que durante décadas foi um lugar de evasão migratória, hoje possui taxas semelhantes de imigrantes e emigrantes. O Espírito Santo, por sua vez, passou a ser um Estado que atrai novos imigrantes.

Nordeste-Sudeste

Um dos fluxos historicamente mais intensos na migração interna no país, o Nordeste-Sudeste, enfraqueceu-se bastante desde 1995. Em 2000, quase 1 milhão de pessoas deixaram o Nordeste rumo ao Sudeste. Em 2004 e 2009, o número recuou para 548 mil e 444 mil, respectivamente.   

Os pesquisadores do IBGE destacam que, embora o Nordeste ainda seja uma área que perde população, o ritmo da emigração está caindo. A região saiu de um déficit migratório de 764 mil pessoas em 2000 para 187 mil em 2009. Bahia e Maranhão continuam sendo Estados dos quais muitos habitantes saem. O principal destino dos emigrantes maranhenses é o Pará, enquanto a maioria dos baianos (56%) vai para São Paulo.
Cidades de porte médio atraem mais imigrantes e crescem mais que capitais
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) obtidos com o Censo 2010, as cidades de porte médio (com população entre 100 mil e 500 mil habitantes) são as que mais crescem no país. Segundo os pesquisadores do instituto, isso demonstra a influência da migração no processo de crescimento demográfico de tais municípios. As informações fazem parte de um relatório, divulgado nesta sexta (15), sobre os deslocamentos demográficos no Brasil.
Dentre todos os 5.565 municípios brasileiros, apenas 444 (8% do total) registraram um aumento demográfico superior a 3% ao ano na última década. Nenhum deles possuía mais de 500 mil habitantes.
Os pesquisadores do IBGE apontam que os municípios que tiveram os melhores indicadores de PIB per capita em 2008 encontram-se neste grupo, mas ressalvam que a explicação do crescimento não fica claramente justificada pelo indicador socioeconômico.
  
Grandes centros urbanos
Por outro lado, mesmo com a expansão demográfica nas cidades de médio porte, a população brasileira continua concentrada nas grandes cidades. Segundo os dados do Censo 2010, existem no país 15 cidades com mais de 1 milhão de habitantes. A população somada dessas cidades ultrapassa 40 milhões de pessoas, o que representa 21% da população nacional.

Porcentagem das cidades que cresceram acima de 3%, por número de habitantes

  • Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009
Entre 2000 e 2010, o número de municípios com mais de 500 mil habitantes passou de 31 para 38. Porém, nenhuma cidade com população superior a 500 mil habitantes cresceu mais que 3% ao ano.
Enquanto isso, 27% dos municípios brasileiros perderam população. Nesse grupo, 67,7% dos municípios possuem população inferior a 10 mil habitantes. Em termos de desenvolvimento, o IBGE considera tais municípios como espaços estagnados, uma vez que a maioria deles teve, no ano de 2008, um PIB per capita muito baixo. No estrato dos municípios que perderam população há quatro de porte médio: Foz do Iguaçu (PR), Ilhéus (BA), Lages (SC) e Uruguaiana (RS).
Na última década, quase a metade dos municípios (46%) tiveram crescimento nulo ou baixo (até 1,5% ao ano), ao passo que 19% cresceram entre 1,5% e 3% ao ano. Encontram-se nesse último grupo as cidades de tamanho médio e com PIB um pouco mais elevado do que o grupo anterior. Além disso, tiveram crescimento entre 1,5% e 3% ao ano 16 cidades de grande porte, das quais nove são capitais (Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, São Luís e Teresina) e seis do interior (São José dos Campos [SP], Ribeirão Preto [SP], Uberlândia [MG], Sorocaba [SP], Feira de Santana [BA] e Joinville [SC]).

Eixos rodoviários

O estudo também aponta a influência de eixos rodoviários no crescimento de aglomerações urbanas. Entre Rio de Janeiro e São Paulo, um importante eixo de crescimento populacional se forma ao longo da BR-116, com cidades como São José dos Campos (SP) e Volta Redonda (RJ). No Sul, isso ocorre ao longo dos litorais catarinense e paranaense, acompanhando o traçado da BR-101.
Esta mesma estrada, que margeia boa parte do país, também incorpora municípios e aglomerações urbanas no Espírito Santo e próximo às capitais do Nordeste, caso de Camaçari (BA), Barra dos Coqueiros (SE), Ilha de Itamaracá (PE), Cabedelo (PB), Parnamirim (RN), Pacatuba (CE), Caucaia (CE) e Paço do Lumiar (MA).
Em Mato Grosso, a BR-158 (que sai de Barra do Garças [MT] vai até o Pará) e a BR-163 (entre Cuiabá e Santarém [PA]) delineiam uma área de ocupação mais recente. Em Rondônia também há uma ocupação linear, que se estende no mesmo traçado da BR-364.
Segundo a análise do IBGE, o crescimento populacional nas regiões de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, norte do Maranhão, Piauí e oeste da Bahia ocorre devido à expansão da fronteira agrícola, sobretudo por causa do cultivo em larga escala de milho, soja e algodão. Os cultivos da cana-de-açúcar em São Paulo e do café em Minas Gerais possuem efeitos semelhantes.
  Centro-Oeste é a região que mais retém imigranges

O fluxo migratório no Brasil está mudando. Enquanto durante décadas o Sudeste foi o principal destino dos imigrantes, atualmente é o Centro-Oeste a região que mais os recebe. Segundo análise do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada hoje (15), a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD) de 2009, o Centro-Oeste é a região que possui o maior saldo migratório do país.
 Entre 2004 e 2009, o Centro-Oeste recebeu 418 mil imigrantes, enquanto 281 mil emigraram. Isso gerou um saldo migratório de 137 mil pessoas. No Mato Grosso, por exemplo, 17% dos imigrantes vieram do Paraná, 12% de São Paulo e 12% de Rondônia – um possível reflexo dos fluxos gerados durante a expansão da fronteira agrícola, segundo aponta a análise do instituto.
Embora detentora do maior saldo migratório do país, a região Centro-Oeste acompanha a tendência nacional e apresenta uma queda progressiva no número absoluto de imigrantes nos últimos 15 anos. Em 2000, a região recebera 625 mil imigrantes nos cinco anos anteriores. Em 2004 e 2009, o número cai para 534 mil e 418 mil, respectivamente. Em 2000, era o Sudeste o detentor do maior saldo migratório, mas desde 2004 o Centro-Oeste assumiu a ponta no ranking das regiões com maior retenção de imigrantes.
O IBGE constatou que entre 1995 e 2000 mais de 3,3 milhões de brasileiros mudaram não só de Estado, mas de região. Já no período seguinte (1999-2004), 2,8 milhões de brasileiros participaram desta migração inter-regional. Por fim, no último período analisado (2004-2009), apenas 2 milhões de pessoas trocaram de região.

Imigrantes e emigrantes no Brasil em 2009

  • Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009

Retorno às origens

De acordo com os dados mais recentes do IBGE, a região que possui o segundo maior saldo migratório do país é o Sul, com 98 mil. Nesta região vem acontecendo um processo também percebido com intensidade no Nordeste: o retorno daqueles que emigraram no passado.
No Rio Grande do Sul, entre 1995 e 2000, 39,2% dos novos imigrantes eram, na verdade, gaúchos que haviam deixado o Estado anteriormente. No Paraná, a proporção dos imigrantes de retorno ultrapassou os 37% no mesmo período. Já no Nordeste, à exceção do Rio Grande do Norte e de Sergipe, os índices foram superiores a 40% em todos os demais Estados. Rondônia, Roraima, Amapá, Mato Grosso e Distrito Federal foram as únicas unidades da federação nas quais a proporção de imigrantes de retorno foi inferior a 10%.
Mais recentemente, o "retorno às origens" se abrandou. Entre 2004 e 2009, o Rio Grande do Sul foi o Estado que mais sentiu a volta de seus conterrâneos, já que 24% dos imigrantes eram gaúchos. Os outros Estados nos quais a proporção dos imigrantes de retorno foi considerável foram Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Minas Gerais e Paraná – todos com índice superior a 20%
De acordo com a análise dos IBGE, este movimento de retorno pode estar atrelado à saturação dos espaços industriais no Centro-Sul do país, reduzindo a capacidade da geração de empregos e oportunidades ocupacionais.

Fonte: Folha de São Paulo. Disponível em http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/07/15/fluxo-migratorio-no-brasil-caiu-37-nos-ultimos-15-anos-diz-ibge.jhtm Acesso em 15 jul 2011.

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