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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

“Rio Hamza” – Esclarecimento da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS) à Sociedade

Um aluno me fez uma pergunta sobre uma reportagem postada no blog (http://ligadonageografia.blogspot.com/2011/08/descoberto-rio-subterraneo-embaixo-do.html) e, para respondê-lo fui pesquisar melhor.
Fiquei muito feliz com a curiosidade dele e acabei também aprendendo. Segue abaixo os esclarecimentos sobre o tal "rio subterrâneo":

A ABAS – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS, permaneceu em silêncio esperançosa que essa fosse mais uma “barriga” jornalística que passasse pouco a pouco sem maior alarde. Infelizmente isso não ocorreu.
O conceito de, com um pouco de licença poética (todo bom geólogo tem pelo menos um pouquinho de espírito de poeta), um “rio” fluindo lenta, silenciosa e subterraneamente pelos estratos sedimentares da Amazônia, e que algum
método geofísico – detecção de variações de temperatura, no caso, permitisse o visualizar, é por demais fantasiosa.
Contudo, a ideia passada pela reportagem do Guardian, de um rio que vai do Acre até a foz do Amazonas, ao longo de 6000 km, a 4 km de profundidade, ajudando a diminuir a salinidade na sua foz, caracteriza que alguém extrapolou e passou da dose. Isso nos mostra também como funciona os mecanismos de lançamento e divulgação de notícias científicas ou paracientíficas pela imprensa.
A leitura do trabalho original nos mostra que se trata de artigo sobre dados geotermais obtidos em poços na região amazônica, que resultaram na estimativa de fluxos verticais descendentes (recarga ao aquífero), que permitem inferir a ocorrência de fluxos horizontais para descarga do aquífero. O título talvez tenha sido uma escolha oportunista e que, com a entrevista e uma leitura rápida demais do artigo eventualmente levaram, no final, a uma reportagem geológica e hidrogeologicamente equivocada, que acaba causando ceticismo e jogando sombra sobre trabalhos científicos meticulosos que vêm sendo realizada pelos estudiosos e pesquisadores da área de hidrogeologia em todo Brasil.
Esclarecemos que:
- um “Rio”, todos conhecem, é uma massa de água que flui livremente na superfície da terra em um canal natural, um rio possui leito, margens, nascentes e foz;
- Um “AQUÍFERO” é uma formação geológica, porosa ou fraturada, permeável, capaz de armazenar e fornecer água em grande quantidade. Nos aquíferos estão depositadas as maiores reservas de água doce disponível no planeta Terra; e,
- os hidrogeólogos brasileiros conhecem vários aquíferos na região amazônica, sendo um deles, o Alter do Chão, talvez o mais significativo, e, recentemente com bastante divulgação na imprensa.
Portanto, esse dito Rio Hamza não seria em rio, mas sim um aqüífero, com fluxo lento. Esperamos que os estudos continuem e permitam o claro conhecimento do potencial hídrico subterrâneo da Amazônia, possibilitando o seu acesso administrado e que possa vir a gerar riquezas para a sociedade.
Como o autor desse estudo foi questionado por membros da Febrageo – Federação Brasileira dos Geólogos e outros hidrogeólogos e tendo se manifestado sobre as considerações feitas de forma prepotente e arrogante, refutando todas as ponderações colocadas. A ABAS- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS vem à sociedade para esclarecer e divulgar a verdade dos fatos.
Fonte : ABAS/ novembro 2011

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Descoberto rio subterrâneo embaixo do Rio Amazonas

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/08/2011
Descoberto rio subterrâneo debaixo do Rio Amazonas

Ao contrário do que se possa imaginar, o rio subterrâneo não corre por um enorme "túnel" nas profundezas da Terra, mas permeia através dos poros das rochas sedimentares. Imagem: ON]

O estado do Amazonas pode ter não apenas o maior rio do mundo em volume de água, mas também o maior rio subterrâneo do mundo.
Esta é a impressionante conclusão de um estudo feito pelos pesquisadores Valiya Hamza e Elizabeth Pimentel, do Observatório Nacional, localizado no Rio de Janeiro.
Rio Hamza
O rio subterrâneo foi descoberto analisando-se dados de 241 poços de grande profundidade, feitos pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980. Mas, em vez de petróleo, os geofísicos podem ter encontrado o maior rio subterrâneo do mundo.
Os pesquisadores batizaram provisoriamente o rio subterrâneo de Rio Hamza, em homenagem ao professor que coordenou a pesquisa.
Os dados obtidos com a perfuração dos poços permitiram a identificação de um grande movimento de águas subterrâneas em profundidades de até 4.000 metros, localizado sob as bacias sedimentares dos rios Acre, Solimões, Amazonas, Marajó e Barreirinhas.
Mas o rio subterrâneo pode se estender por outras áreas, uma vez que os poços profundos perfurados pela Petrobras cobrem apenas uma parte da região amazônica.
Rios amazônicos
Segundo Elizabeth, o fluxo de águas subterrâneas é predominantemente vertical até cerca de 2.000 metros de profundidade, mas muda de direção e torna-se quase horizontal em profundidades maiores.
O rio subterrâneo corre de oeste para leste, iniciando na região de Acre, passando pelas bacias de Solimões, Amazonas e Marajó e alcançando as profundezas do mar, nas adjacências de Foz de Amazonas.
Segundo Prof. Hamza, os dados indicam que se trata de de um rio subterrâneo debaixo de Rio Amazonas.
De acordo com essa interpretação, a região Amazônica possui dois sistemas de descargas de fluidos: a drenagem fluvial na superfície, que constitui o Rio Amazonas, e o fluxo oculto das águas subterrâneas através das camadas sedimentares profundas, formadas por rochas porosas, por onde a água flui.
Dados do rio subterrâneo
Os dados geofísicos, contudo, indicam uma grande diferença na vazão dos dois rios: a vazão média do Rio Amazonas é estimada em cerca de 133.000 metros cúbicos por segundo (m3/s), enquanto a vazão do rio subterrâneo é estimada em 3.090 m3/s.
Embora pareça pouco em relação ao Amazonas, esse volume de água é superior à vazão média do Rio São Francisco.
A largura do Rio Amazonas varia de 1 a 100 quilômetros na área de estudo, enquanto o Rio Hamza varia de duzentos a quatrocentos quilômetros.
As águas do Rio Amazonas têm uma velocidade que varia de 0,1 a 2 metros por segundo, dependendo das condições geográficas, enquanto o rio subterrâneo é imensamente mais lento, na faixa de 10 a 100 metros por ano.
Isso ocorre porque, ao contrário do que se possa imaginar, o rio subterrâneo não corre por um enorme "túnel" nas profundezas da Terra, mas permeia através dos poros das rochas sedimentares.

Disponível em: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=descoberto-rio-subterraneo-debaixo-rio-amazonas Acesso em 25 ago 2011

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Terremoto mata 65 pessoas na segunda maior cidade da Nova Zelândia


CHRISTCHURCH, Nova Zelândia — Pelo menos 65 pessoas morreram e várias permanecem presas entre os escombros depois do terremoto registrado nesta terça-feira na segunda maior cidade da Nova Zelândia, Christchurch, na maior tragédia do tipo no país em 80 anos.
"O balanço que tenho atualmente é de 65 mortos e pode ser revisado para cima. É uma tragédia absoluta para esta cidade, para a Nova Zelândia, para o povo do qual nos sentimos próximos", declarou o primeiro-ministro John Key.

Leia mais

Observe o mapa da área atingida pelo terremoto: http://www.christchurchquakemap.co.nz/today

Entenda o porquê do terremoto

A Nova Zelândia fica na confluência entre limites convergentes de placas tectônicas. São nessas áreas limítrofes que ocorrem os mais intensos terremotos e a maior parte das atividades vulcânicas.

Um novo planeta no sistema solar?

Tyche: Cientistas tentam provar planeta gigante no Sistema Solar 

Em 1999, uma dupla de pesquisadores constatou que diversos cometas observados apresentavam fortes desvios em relação às órbitas calculadas. Segundo eles, isso seria provocado pela atração gravitacional de um planeta quatro vezes maior que Júpiter, escondido dentro do Sistema Solar. Eles batizaram esse grande objeto de Tyche.  

 

Na ocasião, John Matese e Daniel Whitmire, ligados à Universidade de Lousiana-Lafayette, publicaram um artigo propondo que somente a presença de um objeto de grande massa no interior da nuvem de Oort - uma hipotética região circular localizada a quase um ano-luz do Sol - poderia explicar as anomalias observadas no caminho dos cometas provenientes daquele local.
Segundo os cientistas, devido ao brilho muito tênue e temperatura muito baixa, a existência de Tyche só poderia ser comprovada através de imagens no espectro infravermelho que registrassem aquela região específica e apostaram suas fichas nas imagens que seriam geradas pelo telescópio espacial WISE, a ser lançado em 2009.
Recentemente, devido à divulgação de parte de dados do telescópio WISE, a teoria de Matese e Whitmire voltou a ser alvo de especulações, já que a agência espacial americana, NASA, confirmou que a primeira parte dos dados coletados será divulgada em abril de 2011 e a segunda etapa em março de 2012.
"Existem fortes evidências de que existe um grande objeto naquela região", disse Mantese. "O padrão de desvio na órbita de alguns cometas persiste. É possível que seja apenas uma casualidade estatística, mas essa probabilidade diminuiu à medida que temos mais dados acumulados nos últimos 10 anos", disse o cientista.
Mantese explica que a quantidade de dados gerados pelo telescópio é imensa e que "garimpar" o banco de dados pode levar bastante tempo. "Não temos uma previsão ao certo. Talvez dois ou três anos até encontrarmos alguma coisa, mas se o objeto realmente estiver ali, vamos achá-lo."
Caso Tyche realmente exista, de acordo com a dupla de astrofísicos ele se localizaria a 2.25 trilhões de quilômetros de distância. Seria um objeto gasoso e teria um período de translação ao redor de 1.7 milhão de anos.
Corrente Contrária
Apesar de Matese e Whitmire estarem bastante confiantes na localização do hipotético planeta, nem todos os astrofísicos concordam com a teoria.
"Entendo que o novo trabalho esteja sustentado em muito mais dados que antigamente, mas baseado no trabalho anterior acredito que as estatísticas estão incorretas", disse Hal Levison, cientista planetário ligado ao Instituto de Pesquisas do Sudoeste, no Colorado e autor de recente estudo publicado sobre a nuvem de Oort.
No entender de Levison, o que Matese e Whitmire estão vendo é um sinal muito sutil. "Não tenho certeza que esse desvio nas estatísticas seja significativo e provocado por um planeta com quatro vezes a massa de Júpiter. Não tenho nada contra a ideia, mas acredito que as estatísticas não estão sendo feitas corretamente", disse o astrofísico.
Outro cientista que se contrapõe aos argumentos a favor da existência de Tyche é Matthew Holman, pesquisador do Instituo Harvard Smithsonian de Astrofísica, que estuda há muitos anos os cometas vindos da nuvem de Oort.
"Já encontrei várias assinaturas de perturbações orbitais naquela região, mas isso não é suficiente para afirmar que existe um objeto de grandes dimensões capaz de afetar a órbita dos cometas na nuvem de Oort", disse Holman.

Nêmesis
Em 1980, pesquisadores estadunidenses passaram a especular sobre a possibilidade do Sol ter uma companheira, o que tornaria o Sistema Solar um sistema binário de estrelas. Essa hipotética companheira foi batizada de Nêmesis.
De acordo com a hipótese, Nêmesis seria uma estrela anã marrom, pequena e escura, com órbita centenas ou milhares de vezes mais distante que a de Plutão e levaria pelo menos 26 milhões de anos para completar uma revolução ao redor do Sol. No entanto, a ausência de um campo gravitacional que marcasse sua presença fez com que sua possibilidade permanecesse apenas teórica.
Em novembro de 2003, a descoberta do planeta-anão Sedna fez a hipótese da existência de Nêmesis ganhar fôlego. Segundo Mike Brown, descobridor do planeta-anão, Sedna está onde não deveria e não há como explicar sua órbita. No entender de Brown, Sedna nunca está próximo o suficiente para ser afetado pelo Sol e também nunca está longe o bastante para ser influenciado por outras estrelas.
Esses fatos reforçaram ainda mais a hipótese da existência de Nêmesis, que teria entre 3 e 5 massas jupterianas. Com esse tamanho, Nêmesis também não seria observável no espectro visível, mas brilharia intensamente no comprimento de onda do infravermelho e seria possivelmente detectável pelo telescópio espacial Wise.
Lançado em dezembro de 2009 com o objetivo de mapear 99% do céu no espectro infravermelho, o telescópio já fez inúmeras descobertas de objetos celestes, entre eles 20 novos cometas.
Durante a missão, o telescópio produziu nada menos que 1.5 milhões de imagens que agora serão estudadas minuciosamente. Se a hipótese de Matese e Whitmire estiver correta, Júpiter perderá seu posto de maior planeta do Sistema Solar e o Sol poderá não será mais uma estrela solitária.

Arte: localização da Nuvem de Oort dentro do Sistema Solar. Caso Tyche realmente exista, ele se localizaria a 2.25 trilhões de quilômetros do Sol. Seria um objeto gasoso e levaria cerca de 1.7 milhão anos para completar uma revolução ao redor do Sol. Crédito: Southwest Research Institute/Apolo11.com
 
Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/spacenews.php?titulo=Tyche_Cientistas_tentam_provar_planeta_gigante_no_Sistema_Solar&posic=dat_20110221-074433.inc


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Mortalidade infantil caiu um terço durante os últimos 20 anos

Dados sobre crianças coletados pela Unicef mostram que o número total de mortes de crianças com menos de cinco anos caiu de 12,4 milhões por ano em 1990, para 8,1 milhões por ano em 2009.
Segundo um resumo das conclusões dos dados, os países que mais diminuíram o número de mortes infantis o conseguiram por causa da rápida expansão da saúde pública básica e de serviços de nutrição, como imunizações, aleitamento materno, suplementação de vitamina A e fornecimento de água potável.
Esses números representam uma diminuição de um terço nas mortes infantis. Porém, as Nações Unidas disseram que a queda ainda está longe da meta acordada mundialmente a ser cumprida até 2015. O que a ONU previa era uma redução de dois terços na taxa de mortalidade de crianças menores de cinco anos entre 1990 e 2015.
A estimativa atual significa que a mortalidade global de menores de cinco anos caiu de 89 mortes a cada mil nascimentos em 1990, para 60 em 2009. Esses números sugerem que menos 12.000 crianças morrem diariamente em todo o mundo em relação a 1990. Apesar disso, 22.000 crianças menores de cinco anos continuam a morrer todos os dias, com 70% dessas mortes ocorrendo no primeiro ano de vida da criança.
Os dados da Unicef mostraram que as mortes infantis estão cada vez mais concentradas em apenas alguns países. Cerca de metade das mortes globais de crianças em 2009 ocorreram na Índia, Nigéria, República Democrática do Congo, Paquistão e China.
As maiores taxas de mortalidade infantil são da África sub-saariana, onde uma em cada oito crianças morre antes dos cinco anos – uma taxa quase 20 vezes superior à média das regiões desenvolvidas. Tais resultados podem ser consequência da pouca cobertura de medidas para parar a diarréia e a malária, que causam mais de metade das mortes infantis na África sub-saariana. O sul da Ásia tem as segundas maiores taxas, com cerca de 1 em cada 14 crianças morrendo antes dos cinco anos.
Governos de vários países e seus líderes devem se reunir em Nova York na próxima semana para fazer um balanço dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que foram aprovados há uma década e que visam reduzir drasticamente a pobreza e a fome.
De acordo com um relatório recente do Banco Mundial, um dos principais objetivos – reduzir para metade a pobreza mundial até 2015 – é susceptível de ser cumprido, mas outros objetivos tem visto progressos muito menores. Por exemplo, as metas de redução da fome e da desnutrição, melhorar a igualdade de gênero, o acesso aos cuidados de saúde e educação, e a ajuda às mães e seus bebês. [Reuters

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

10% do PIB dependeriam do meio ambiente

 Agência Brasil - 15/09/2010

Cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro dependem de recursos fornecidos diretamente pelo meio ambiente, como nutrientes do solo e água.
A informação está no estudo A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (Teeb, na sigla em inglês), vinculado ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que será divulgado, na íntegra, em outubro, na Conferência das Partes sobre Biodiversidade (COP-10), em Nagoia, no Japão. Mais dois países também foram analisados no levantamento. A Índia tem dependência de 16% de recursos do ecossistema, e a Indonésia, 21%.
O estudo tem intenção de mostrar a importância da preservação do meio ambiente na economia dos países. “Apesar da boa vontade e da legislação, continuamos a destruir a biodiversidade, porque não olhamos para os benefícios da conservação em termos econômicos. Àquilo que está na natureza não é dado valor econômico”, afirmou o economista indiano Pavan Sukhdev, coordenador da pesquisa, em evento ontem em São Paulo.
Os dados da pesquisa mostram que a preservação do meio ambiente pode significar crescimento econômico. Segundo Pavan, a economia ligada às “questões verdes” está passando por um forte crescimento. Os “empregos verdes”, relacionados à preservação, terão um incremento, de acordo com o economista, de cerca de 20 milhões de vagas nos próximos anos. O estudo estima que, em 2020, os produtos agrícolas certificados terão um mercado de US$ 210 bilhões, ante US$ 40 bilhões de hoje.

Fonte: Planeta Sustentável. Disponível em: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticias/pib-meio-ambiente-brasil-energia-596474.shtml Acesso em 15/09/2010

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Algas também podem ser fonte de energia

Considerada a terceira geração de biocombustíveis, a produção à base de algas marinhas pode se tornar uma ótima alternativa para substituir os combustíveis fósseis. Com rendimento mais eficiente que a soja e outras matérias-primas comuns, as algas praticamente não oferecem impactos ambientais.
A produção de biocombustível feita a partir de algas marinhas apresenta muitas vantagens. Além de contribuir para a diminuição das emissões de gás carbônico liberados pelos automóveis, as algas absorvem uma enorme quantidade de CO² durante o seu crescimento.
O teor energético das algas é cem vezes superior ao da soja e tudo o que é necessário para o seu crescimento é luz, água e gás carbônico. Como não há necessidade da produção ser feita em água doce, são minimizados os riscos de contaminação de água potável.
Mesmo diante de diversas vantagens, existem as desvantagens. Os métodos testados para a produção de algas possuem altos custos e isso dificulta a produção em larga escala. Por isso, mesmo sendo uma ótima alternativa para o meio ambiente, é provável que a comercialização do biocombustível de algas se torne realidade somente na próxima década. Após novas pesquisas e desenvolvimento de tecnologias.
 
Com informações do site Manutenção & Suprimentos

Fonte: Ciclovivo:  http://ciclovivo.com.br/noticia.php/740/algas_tambem_podem_ser_fonte_de_energia/

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Novo órgão da ONU vai pôr preço nos 'serviços prestados' pelo planeta Terra

Objetivo é oferecer aos países uma estimativa do valor econômico de 'serviços naturais' como a polinização

15 de julho de 2010 | 13h 37
REUTERS
A humanidade depende de uma série de serviços que a natureza oferece - a filtragem da água pelas florestas, a polinização das lavouras pelos insetos e os genes das plantas que produzem alimentos e remédios. Se a natureza cobrasse por tudo isso, quanto custaria?
A maior parte desse valor é excluído dos cálculos econômicos e dos preços que forçariam governos e empresas a prestar atenção nele, e o resultado tem sido uma tendência de reforçar o desenvolvimento e de menosprezar a conservação.
Países da ONU propuseram um novo organismo, a Plataforma Intergovernamental de Ciência e Política para Serviços de Biodiversidade e Ecossistema, ou IPBES, para ajudar a pôr "preço" nas metas de conservação.
Uma primeira prioridade deve ser a medição, disse Pavan Sukhdev, líder da iniciativa Economia do Ecossistema e da Biodiversidade, que lançou um relatório nesta semana. "Um país dizer 'vamos aumentar a biodoversidade'  é difícil porque não existe medida de biodiversidade", disse ele.
"Este é um grande desafio para o IPBES, criar o conjunto certo de métricas. A sequência lógica é primeiro definir o que é biodiversidade, o que você está medindo, chegar a um acordo sobre isso, para que os países façam isso da mesma forma".
A Assembleia Geral da ONU deve apoiar oficialmente a criação do PBES ainda neste ano.
O dano ao capital natural, incluindo florestas, áreas banhadas e savanas é avaliado em algo entre US$ 2 trilhões e US$ 4,5 trilhões anuais, um fator que não aparece nos cálculos do PIB mundial.
Fonte: Estadão Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,novo-orgao-da-onu-vai-por-preco-nos-servicos-prestados-pelo-planeta-terra,581642,0.htm?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

terça-feira, 13 de julho de 2010

Nasa registra ruptura de bloco de gelo de 7 km² na Groenlândia

Na imagem, o início da ruptura em 6 de julho (esq.) e o desprendimento do bloco de gelo no dia seguinte (dir.) Foto: Nasa/Divulgação

A Agência Espacial Americana, Nasa, registrou a ruptura de uma parte da geleira Jakobshavn Isbrae, na Groenlândia. O bloco, de 7 km² começou o processo de desprendimento no dia 6 de julho e no dia 7 já havia se rompido, conforme mostram as imagens captadas pela agência. A rapidez do evento surpreendeu os cientistas, que consideram o episódio "incomum". As informações são do jornal El Mundo.
"Embora tenham ocorrido outros eventos da mesma magnitude no passado, esse caso é incomum porque vem logo após um inverno mais quente em que não há gelo formado em torno da baía", disse Thomas Wagner, pesquisador da Nasa.
"Ao determinar a relação exata entre esses eventos, leva-se a crer na teoria de que o aquecimento dos oceanos é responsável pelo derretimento observado na Groenlândia e na Antártida", afirma o pesquisador.
A equipe de pesquisadores, liderada pelos cientistas Ian Howat, do Centro de Pesquisa da Universidade de Ohio e Paul Morin, diretor do Centro de Informação Geoespacial da Antártida, da Universidade de Minnesota, tem monitorado por imagens de satélite as mudanças no gelo da Groenlândia e geleiras resultantes.
A geleira de Jakobshavn Isbrae está localizada na costa oeste da Groenlândia e seu tamanho diminuiu mais de 45 milhas (72,4 km) ao longo dos últimos 160 anos, 10 milhas (16 km) somente na última década. A geleira é dividida em duas partes, norte e sul. O deslizamento ocorreu na parte norte.
Os cientistas estimam que mais de 10% de todos os icebergs que se desprendem na Groenlândia procedem do glaciar Jakobshavn. Por este motivo, considera-se esta geleira como a maior contribuinte do aumento do nível do mar no hemisfério norte.

Fonte: Terra http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4560976-EI8147,00.html

segunda-feira, 5 de julho de 2010

EUA darão US$ 2 bi para projetos de energia solar

BBC - 05/07/2010

Energia verde
O governo dos Estados Unidos anunciou neste sábado que vai dar empréstimos de quase US$ 2 bilhões para estimular a indústria de energia solar no país.
De acordo com o presidente Barack Obama, que fez o anúncio, os projetos vão criar mais de 5 mil novos empregos.
Durante sua campanha eleitoral para a presidência, Obama prometeu criar empregos na chamada indústria de energia verde.
"Vamos continuar competindo agressivamente para garantir que os empregos e as indústrias do futuro criem raízes aqui, nos Estados Unidos", disse o presidente americano neste sábado.
Indústria de energia renovável
A indústria de energia renovável dos Estados Unidos sofre forte competição de projetos da China. E Obama reconheceu que os empréstimos para os projetos poderão não significar uma solução instantânea.
O dinheiro prometido virá dos fundos do pacote de estímulo do governo, criado para estimular a economia americana durante a recessão.
Cerca de 125 mil empregos foram perdidos no país apenas em junho, de acordo com dados do governo norte-americano.
Maior usina de energia solar do mundo
Uma das companhias que será beneficiada, a Abenoga Solar, afirma que planeja construir a maior usina de energia solar do mundo no Estado americano do Arizona.
A usina do Arizona deve fornecer energia para 70 mil residências e cortar as emissões de dióxido de carbono equivalente a emitida por 90 mil carros, por ano.
Ao mostrar o projeto "Solana" em Gila Bend, perto de Phoenix, a Abenoga afirmou que sua usina será a primeira usina solar grande nos Estados Unidos capaz de estocar a energia que gera.
A segunda companhia, a Abound Solar Manufacturing, vai fabricar os mais avançados e finos painéis solares. Esta é a primeira vez que este tipo de tecnologia será usada comercialmente, de acordo com a repórter da BBC em Washington Jane O'Brien.

Fonte: Inovação Tecnológica http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=projetos-energia-solar&id=010175100705

domingo, 27 de junho de 2010

União Européia quer energia do deserto

O sol do Saara vai virar energia na Europa

A Europa pretende importar energia solar gerada no norte da África nos próximos cinco anos, disse o comissário de energia européia, Günther Oettinger, segundo a Environment News Network - e ela deve ajudar a região a alcançar sua meta de 20% de energia renovável até 2020.
O Saara tem mais de 5,5 milhões de quilômetros quadrados, e quase o tamanho da Europa, ou dos Estados Unidos. O potencial solar da África é bastante conhecido. O continente teria mais que o suficiente de energia para satisfazer a necessidade de energia de todos os países em suas fronteiras.
Conhecido como a Iniciativa Industrial Desertec, um consórcio de 12 países liderados pela Alemanha contém algumas das maiores empresas européias de engenharia e eletricidade. O grupo pretende fornecer 15% da eletricidade da Europa até 2050 ou antes disso, via cabos de energia que se estenderiam pelo deserto e através do Mediterrâneo.  Da luz que incide sobre o Saara e os desertos do Oriente Médio, apenas 0.3% seriam necessários para satisfazer as exigências da Europa.

Fonte: Planeta Sustentável. http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/planetaurgente/uniao-europeia-quer-energia-deserto-246735_post.shtml

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Depressão tropical é registrada no mar do Caribe

É a primeira registrada no Atlântico após início da temporada de furacões. Ventos podem levá-la até a região afetada pela mancha de óleo.
Da Reuters

A primeira depressão tropical ocorrida durante a temporada 2010 de furacões no Oceano Atlântico foi registrada nesta sexta-feira (25) ao oeste do Mar do Caribe. A informação foi divulgada pelo U.S. National Hurricane Center, agência nacional americana responsável pelo monitoramento de furacões.
A depressão tem ventos de 56 km/h e está em direção oeste-noroeste, em uma trajetória que pode incluir a região da Península de Yucatan, onde funcionários da petrolífera britânica BP tentam, há meses, conter uma gigantesca quantidade de óleo que se dispersou no mar após um acidente envolvendo uma plataforma sob seu controle.
O governo mexicano emitiu um alerta de tempestade tropical para a costa leste da península, que vai de Chetumal até Cancún, mais ao norte.

Pacífico
Os estados mexicanos de Michoacán (ao oeste), Guerrero (sul) e Oaxaca (sudeste) estão em alerta preventivo em razão das fortes chuvas provocadas pelo furacão Derby, que avança pelo Oceano Pacífico como ciclone de categoría 3, a 400 km da costa.
Derby alcançou a categoria 3 na escala Saffir-Simpson (de nível máximo 5), com ventos de até 185 km/h, e avança em direção oeste-noroeste a 11 km/h.


25/06/2010 19h28 - Atualizado em 25/06/2010 19h37

Fonte: G1: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/06/depressao-tropical-e-registrada-no-mar-do-caribe.html

Primeira usina solar brasileira

Giuliana Capello
Revista Arquitetura e Construção – 06/2010 
Em breve, a paisagem de Tauá, CE, ficará parecida com a da foto acima, clicada em Sevilha, na Espanha. A novidade, ainda isolada, pode multiplicar-se em breve. “Com o aumento dos custos de produção de energia elétrica e a redução das despesas de fabricação das placas fotovoltaicas, prevejo uma paridade tarifária que tornaria a segunda opçãomais viável”, diz Ricardo Rüther, especialista no tema e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Construir pequenas usinas como a de Tauá, de abrangência local, ou instalar painéis fotovoltaicospróximos aos pontos de consumo (como em coberturas deprédios) pode ser um caminho interessante. “Assim, gasta-se menoscom redes de transmissão e distribuição”, afirma Ricardo. Sem falar nosganhos quantitativos: segundo ele, se a área inundada de Itaipu fosse coberta por placas fotovoltaicas, a produção de energia dobraria.

EM BREVE NA SUA CASA
O Brasil ainda não fabrica placas fotovoltaicas (importa de marcas como Kyocera, Sharp, Sanyo e SS Solar),mas há grande expectativa quanto à participação do país na geração de energia solar. “Temos boa insolação e a maior reserva de quartzo do mundo, de onde se extrai o silício, usado nas células solares. Desenvolver o setor é questão de dez anos”, afirma Ricardo Ruther.
Além disso, a pressão mundial pelo uso de fontes renováveis favorece a queda dos preços das placas, o que disseminará o uso. “Por enquanto, os consumidores são pessoas de classe alta, dispostas a pagar mais pela energia limpa, ou populações muito carentes, que obtêm ajuda do governo para a compra dos painéis”, diz Airton Dudzevich, da loja paulista Supergreen, especializada em produtos e sistemas sustentáveis.

Fonte:Planeta Sustentável http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/energia/primeira-usina-solar-brasileira-sistema-eletrico-companhia-hidreletrica-sao-francisco-573207.shtml

segunda-feira, 21 de junho de 2010

hidrômetros individuais em condomínios diminuem consumo de água

Condomínios optam por medidores individuais de água (Por Rogério Ferro, do Instutio Akatu)

Demanda por hidrômetros individuais é crescente, segundo empresas que fornecem sistemas de medição de consumo

Desde 2007, municípios brasileiros vem aprovando a lei que obriga a instalação de medidores individuais de água em condomínios novos. Hoje, a lei está em vigor em cidades como Belo Horizonte, Porto Alegre, e São Paulo. A medida gera, em média, uma economia de mais de 40% na fatura de água de cada residência ao final do mês, segundo Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (Aabic).

Leia mais em: Instituto Akatu:  http://www.akatu.org.br/central/noticias/2010/condominios-optam-por-medidores-individuais-de-agua

Fenômeno La Niña poderá influenciar as chuvas no Brasil

A previsão climática de consenso para o trimestre julho, agosto e setembro de 2010 indica maior probabilidade de chuvas acima da média no extremo norte da Região Norte e variando de normal a abaixo da média no sul das Regiões Centro-Oeste e Sudeste e na Região Sul do Brasil. Nas demais áreas, permanece a previsão de chuvas em torno da média histórica, ressaltando-se a baixa previsibilidade das chuvas no setor central do Brasil. O leste da Região Nordeste deve continuar apresentando grande irregularidade na distribuição temporal e espacial das chuvas, inclusive com possibilidade de episódios extremos de chuva intercalados por períodos de estiagem.
A temperatura do ar continuará com maior probabilidade de ocorrência de condições acima da normal climatológica na maior parte do Brasil. Para a Região Sul, as temperaturas estão sendo previstas próximas aos valores normais. Contudo, ressalta-se a possibilidade de incursões de massas de ar frio mais intensas ao longo deste trimestre tanto sobre a Região Sul quanto sobre o sul das Regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
A incursão de massas de ar frio no decorrer de maio e início de junho de 2010 antecipou as condições típicas de inverno na maior parte do centro-sul do Brasil, com ocorrência do fenômeno conhecido por friagem no oeste da Região Centro-Oeste e sul da Região Norte. No litoral de Santa Catarina, a atuação de um ciclone extratropical causou chuvas mais intensas e enchentes em vários municípios. Na capital Florianópolis, os 253 mm registrados no dia 19 excederam o total de chuva esperado para todo o mês (96,9 mm) e o acumulado mensal atingiu 443 mm.
A diminuição da temperatura das águas superficiais na região do Pacífico Equatorial em comparação com o mês de abril, e os ventos alísios mais intensos que o normal nos setores central e oeste do Pacífico indicaram sinais característicos do início do fenômeno La Niña. O estabelecimento da fase mais ativa do fenômeno La Niña está previsto para o segundo semestre de 2010, podendo influenciar o início da estação chuvosa no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. No Atlântico Norte, a temperatura das águas superficiais continua acima da média, favorecendo a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) ao norte de sua climatologia.


Fonte: CPTEC/INPE.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Terra e Lua podem ser muito mais jovens do que se pensava

Um recente estudo da Universidade de Copenhague revela que talvez a Terra e Lua tenham se formado muito tempo depois do que se imaginava até hoje (4,5 bilhões de anos). O estudo sugere que talvez tenham se formado em até 150 milhões de anos depois da formação do Sol.

Para ler mais: BBC Brasil - http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=24505561

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Aquecimento Global provoca elevação da Groenlândia

Situada no Atlântico Norte, a nordeste do Canadá, a Groenlândia tem grande parte de sua costa formada por uma espessa calota de gelo com mais de 2 quilômetros de espessura que pressiona a camada rochosa logo abaixo. Agora, um novo estudo feito na Universidade de Miami mostra que o gelo está derretendo tão rapidamente que a camada de terra abaixo da geleira já está subindo de elevação.


Segundo o estudo, algumas áreas costeiras estão se elevando cerca de dois centímetros por ano e se continuar nesse ritmo esse número poderá acelerar ainda mais e chegar a cinco centímetros por ano até 2025. A conclusão é de Tim Dixon, professor de geofísica da Escola Rosenstiel de Ciências Marinhas da Universidade de Miami e principal investigador do estudo.
Segundo Dixon, há muitos anos já se sabe que as mudanças climáticas estão contribuindo para o derretimento das geleiras da Groenlândia, mas o que é surpreendente e um pouco preocupante é que o gelo está derretendo tão rápido que o soerguimento da terra já é observável.
A ideia por trás do estudo, publicado pela revista científica Nature Geoscience, é que a perda da cobertura de gelo faz a Groenlândia perder peso, fazendo com que a superfície rochosa por baixo comece a se elevar. De acordo com Shimon Wdowinski, coautor do estudo, o mesmo processo também está ocorrendo nas ilhas da Islândia e Svalbard, que também têm calotas de gelo.
"Durante as eras glaciais e períodos de acumulação de gelo, o gelo encobria a terra. Quando o gelo derreteu, grandes faixas de terra ficaram descobertas", disse diz Wdowinski. "Nosso estudo é bastante coerente com um conjunto de indicadores do aquecimento global, confirmando que o derretimento do gelo e a consequente elevação do nível do mar são problemas reais e bastante significativos".
Para realizarem o estudo, os cientistas utilizaram receptores de GPS posicionados nos costões rochosos da Groenlândia e coletaram os dados desde 1995. As informações mostraram com alta precisão o deslocamento da ilha, bem como a velocidade vertical e a aceleração de cada estação GPS. Outros equipamentos foram instalados no interior da ilha.
O estudo revelou que nas áreas interiores o ritmo está balanceado e as perdas anuais de gelo causadas pelo derretimento são repostas por novas acumulações. Nas áreas costeiras, no entanto, as perdas são bastante significativas e são mais pronunciadas nas áreas mais quentes da costa, onde o gelo está derretendo mais rapidamente. Ainda de acordo com o paper (trabalho científico), o soerguimento parece ter começado no final de 1990.
O derretimento do gelo da Groenlândia é alvo de intensos estudos sobre sua participação na elevação global do nível do mar. No entender de Yan Jiang, que também assina o trabalho, se a aceleração da elevação e do derretimento continuar na atual taxa, a Groenlândia poderá em breve tornar-se o maior contribuinte para o aumento global do nível do mar.

Arte: Modelo tridimensional de 2003 mostra em rosa as áreas da Groenlândia onde a aceleração da perda de gelo é mais intensa. Credito: Nasa.


Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/mudancas_climaticas.php?posic=dat_20100519-090401.inc

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Cientistas: buraco na camada de ozônio se recuperará até 2080

                                                                    Foto: Nasa/Reprodução
O buraco na camada de ozônio que protege a Terra aparece em reproduções de imagens de satélite em 1979 e em 2008. As cores indicam a concentração de ozônio (concentração máxima em laranja e mínima em violeta)


Vinte e cinco anos depois do anúncio de que pesquisas apontavam catastróficas previsões sobre o destino do chamado buraco na camada de ozônio, cientistas da Universidade de Cambridge (Reino Unido) afirmam que a espessura da camada de ozônio sobre a Antártida se recuperará até 2080, voltando aos níveis que tinha em 1950. O anúncio foi feito durante o encontro comemorativo da data das primeiras pesquisas que tanto alarmaram a humanidade. As informações são do site do El País.
Durante o encontro não faltaram paralelos com o atual problema enfrentado por pesquisadores: a mudança climática. Mas, neste caso, os discursos eram tingidos com o pessimismo, não por falta de conhecimento científico, mas por falta de um acordo político para atacar o problema, que é real, de forma eficaz.
A descoberta do buraco na camada de ozônio
Em maio de 1985, Joseph Farman, Brian Gardiner e Jonathan Shanklin do British Antarctic Survey (BAS) informaram na revista Nature a descoberta de uma diminuição da camada de ozônio sobre o continente antártico durante a primavera austral. Para marcar o aniversário da data, a última edição da revista traz um artigo onde Shanklin explica que a descoberta se deu observando que os valores de ozônio haviam caído 40% entre 1975 e 1984.
"Havia uma preocupação com que os CFC (clorofluorocarbonos) pudessem destruir a camada de ozônio, que está a uma altura entre 10 e 35 quilômetros acima da superfície da Terra e protege a humanidade de mais de 90% da radiação solar prejudicial ultravioleta ", disse Shanklin à Nature. Os satélites permitiram então constatar que o buraco na camada de ozônio havia se estendido por todo o continente.
Antes dos três especialistas do BAS, outros cientistas alertaram sobre a destruição do ozônio por reações de compostos como o CFC usado em aerossóis e refrigerantes com seus estudos de química atmosférica. Pelos trabalhos realizados na década de setenta, receberam o Prêmio Nobel de Química em 1995, Paul J. Crutzen, Mario J. Molina e F. Sherwood Rowland.
A camada de ozônio é uma tela natural que filtra a radiação ultravioleta dos raios solares nocivos aos seres vivos, capazes de causar nas pessoas queimaduras de pele, câncer e catarata. Uma molécula de ozônio é composta por três átomos de oxigênio e na estratosfera se concentrada em uma faixa a uma altura de cerca de 20 km. Existe uma molécula de ozônio para cada cem mil moléculas de ar, explica o BAS.
O ozônio é gerado quando a radiação ultravioleta quebra as moléculas de oxigênio, e ele é destruído por reações químicas do cloro e do bromo liberados na atmosfera pelos gases de CFCs.
Na década de oitenta foram emitidas 500 mil toneladas de CFC por ano, atingindo um valor de 30 milhões de toneladas acumulados na atmosfera, um sexto do que atingiu a estratosfera, informam os relatórios da Unidade de Coordenação de Investigação do Ozônio da UE.
Apesar do fato de que a destruição do ozônio não se restringe à Antártida, o buraco de ozônio no local deve-se ao tempo na região e ao frio extremo durante o inverno, o que leva à maior produção de cloro e bromo a partir dos gases poluentes, e quando a chega a luz da primavera se acelera a perda das moléculas de ozônio. "Hoje nós entendemos bem a física e a química que regem a camada de ozônio", disse Shanklin. "Os níveis mínimos de ozônio tem sido constantes nos últimos 15 anos, 70% abaixo dos níveis do final dos anos setenta."
Quanto à proibição desde 2000 dos gases destrutivos do CFC - pelo Protocolo de Montreal - e a substituição destes por compostos alternativos em nível industrial, houve bons resultados. A concentração desses gases na atmosfera atingiu o pico em 2001 e, em seguida, começou a diminuir. Mas o seu efeito é duradouro e o buraco na Antártida continua a aparecer em cada primavera. No ano de 2006 foi registrada a maior extensão dele: 28 milhões de quilômetros quadrados.

Fonte: Terra Ciência. Disponível em http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4427251-EI8147,00.html. Acesso em 14/05/2010.

domingo, 9 de maio de 2010

Cidades devem concentrar 60% da população mundial até 2030

Pela primeira vez, mais da metade da população mundial vive em áreas urbanas, um número que deve chegar a 60% em 2030. Só as cidades nos países em desenvolvimento serão responsáveis por 95% desse crescimento nas próximas duas décadas.
A Cruz Vermelha Internacional está reiterando o apelo global para os desafios e oportunidades apresentadas pela urbanização. O próximo sábado, 8 de maio, é o Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. Para marcar a data, o órgão lembra que cada pessoa pode fazer a diferença por meio de ações positivas nas comunidades.
Rio de Janeiro
A Cruz Vermelha alerta para os principais problemas nas cidades, como a violência, pobreza, escassez de comida, falta de atendimento de saúde, acesso inadequado à água e saneamento, além da vulnerabilidade. Muitos centros urbanos também são diretamente afetados por conflitos armados ou outras situações de violência, segundo o presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Jakob Kellenberger.
Ele cita locais como Bagdá, Cabul, Nairobi e Rio de Janeiro como exemplos de situações que podem causar sofrimento humano severo, mesmo em cidades onde não há guerra. De acordo com a Cruz Vermelha, a devastação recente no Haiti lembra ao mundo sobre o impacto que os desastres podem ter em áreas urbanas densamente povoadas.

Fonte: Notícias Terra. Disponível em http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4419104-EI238,00.html. Acesso em 09 maio 2010.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Estudos apontam degelo na Antártica e aquecimento no oceano

De acordo com os pesquisadores britânicos, o fato de a água do mar ser mais morna e salgada do que o gelo flutuante é capaz de causar um desequilíbrio que promove a elevação dos oceanos. "Essas mudanças tiveram impacto no clima regional. Já que se espera que os oceanos aumentem sua temperatura ao longo do século, o degelo desses icebergs deve ser considerado em avaliações futuras do aumento do nível do mar", explicou Andrew Shepherd, autor do estudo que foi publicado na revista Geophysical Research Letters.
Já na Etiópia, um dos países mais desiguais do mundo, a falta de chuvas afeta a produção de alimentos, fator que tem levado muitos agricultores à ruína, uma vez que as colheitas estão sendo perdidas e os animais definham no calor. O estudo da Oxfam ressalta que 85% da população dependem diretamente do setor agrícola para à sobrevivência. Outro agravante é a escassez de recursos tecnológicos dos etíopes.
"Em três décadas, a escassez e a imprevisibilidade das chuvas na Etiópia se agravaram. E isso coincide com o aquecimento anormal das águas do Oceano Índico, associado à emissão de gases do efeito estufa", afirma Chris Funk, climatologista da Universidade da Califórnia, que participou do estudo. "Tal aquecimento faz com que o fluxo de umidade que chega ao país seja alterado, trazendo, em vez de chuvas, correntes de ar secas e quentes. E a tendência é que esse fenômeno se intensifique cada vez mais", alertou o especialista.

Fonte: Notícias Terra

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