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sábado, 18 de setembro de 2010

10% dos alunos da educação básica não têm água filtrada para beber na escola

Em 2009, quase 60% das crianças de até 14 anos (46,3 milhões) residiam em domicílios em que pelo menos um serviço de saneamento (água, esgoto ou lixo) não era adequado. Cerca 5 milhões de crianças (10,9% do total de 0 a 14 anos) moravam em domicílios onde essas três formas de saneamento eram inadequadas simultaneamente, percentual que chegava a 19,2% entre as crianças nordestinas.
Dados do Censo Escolar do Ministério da Educação (MEC) mostram que entre os alunos da educação básica, 40% estudavam em escolas sem esgotamento sanitário por rede pública; 14% dos alunos estudavam em escolas sem abastecimento de água por rede pública; 9% dos alunos estudavam em escolas sem coleta de lixo; e 10% dos alunos (5,2 milhões) não tinham acesso a água filtrada para beber no local de estudo. 


Rendimento familiar é determinante no acesso ao sistema educacional

As desigualdades estão diminuindo no que diz respeito ao acesso ao sistema educacional, mas o nível do rendimento familiar ainda é uma fonte de desigualdade importante, sobretudo nos ciclos de ensino não obrigatórios. Entre 1999 e 2009, a educação infantil (0 a 5 anos de idade), foi o nível de ensino que mais cresceu em termos de frequência (de 32,5% para 40,2%), mas, nessa faixa etária, apenas 30,9% das mais pobres frequentavam creche ou pré-escola, com esse percentual aumentando para 55,2% entre os 20% mais ricos. Na faixa dos 6 a 14 anos, que corresponde ao ensino fundamental, o acesso à escola (97,8% em média) era praticamente igual em todos os níveis de rendimento. Na faixa de 15 a 17 anos (82,6% em média), a diferença entre os mais pobres (81,0%) e os 20% mais ricos (93,9%) chegava a quase 13 pontos percentuais. Para o grupo de 18 a 24 anos (31,3% em média), essa diferença era de 26 pontos percentuais e, mesmo entre os 20% mais ricos, metade dos jovens (49,6%) frequentava estabelecimento de ensino.
Entre as pessoas de 18 a 24 anos de idade, 14,7% declararam somente estudar, 15,6% conciliavam trabalho e estudo, 46,7% somente trabalhavam, 17,8% informaram realizar afazeres domésticos e 5,2% não realizavam nenhuma atividade. No grupo de 16 a 24 anos, 22,2% recebiam até ½ salário mínimo no mercado de trabalho. No Nordeste, esse percentual dobrava (43,5%). Além disso, 26,5% das pessoas nessa faixa etária trabalhavam mais de 45 horas semanais.
Entre os jovens de 15 a 24 anos, quase 647 mil, o que correspondia a 1,9%, eram analfabetos, e a maioria deles estava no Nordeste (62%),vindo em seguida o Sudeste (19%).

Analfabetismo ainda se concentra entre idosos, pessoas com menores rendimentos e residentes no NE

A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade baixou de 13,3% em 1999 para 9,7% em 2009. Em números absolutos, o contingente era de 14,1 milhões de pessoas analfabetas. Destas, 42,6% tinham mais de 60 anos, 52,2% residiam no Nordeste e 16,4% viviam com ½ salário mínimo de renda familiar per capita.
Os maiores decréscimos no analfabetismo por grupos etários entre 1999 a 2009 ocorreram na faixa dos 15 a 24 anos. Nesse grupo, as mulheres eram mais alfabetizadas, mas os homens apresentaram queda um pouco mais acentuada, passando de 13,5% para 6,3%, contra 6,9% para 3,0% para as mulheres. 

Número de jovens de 18 a 24 anos no ensino superior passou de 22,1% a 48,1% em 10 anos

A população jovem de 18 a 24 anos de idade com 11 anos de estudo (ensino médio completo) representava 37,9% do total nessa faixa etária, em 2009. As desigualdades regionais também eram marcantes: no Sudeste, a proporção era de 44,0%; e no Nordeste, 31,8%. Ainda entre os jovens de 18 a 24 anos de idade, 15,1% tinham 11 anos ou mais de estudo, e, entre estes, 10,7% continuavam estudando.
A distribuição dos estudantes de 18 a 24 anos entre os níveis educacionais revela avanços: em 1999, 24,8% deles ainda estavam no ensino fundamental, contra 22,1% no ensino superior; em 2009, esses percentuais foram para 8,3% e 48,1%, respectivamente.

Metade dos jovens de 15 a 17 anos está no nível educacional adequado à sua idade

Em 2009, houve um crescimento expressivo da frequencia ao pré-escolar das crianças de 0 de 5 anos de idade, visto que o percentual das que frequentavam escolas ou creche atingiu 38,1%, enquanto em 1999 era de 23,3%. Mesmo nas áreas rurais, onde a oferta de estabelecimentos para essa faixa etária é mais reduzida, o crescimento foi significativo, de 15,2% para 28,4% nesses dez anos. Na faixa de 6 a 14 anos, desde meados da década de 90, praticamente todas as crianças frequentavam escola (94,2% em 1999 e 97,6% em 2009).
A situação é menos favorável para adolescentes de 15 a 17 anos: em 2009, a taxa de frequência à escola alcançou 85,2%, mas a taxa de escolarização líquida (percentual de pessoas que frequentavam a escola no nível adequado à sua idade, ou seja o ensino médio) era de 50,9% (era de 32,7% em 1999). E ainda havia grande disparidade territorial: Norte e Nordeste tinham, respectivamente, 39,1% e 39,2% de jovens de 15 a 17 anos no nível médio, não chegando a atingir os 42,1% que o Sudeste já tinha em 1999 (em 2009 eram 60,5%).
As desigualdades no rendimento familiar per capita exercem grande influência na adequação idade/nível de ensino frequentado: entre os 20% mais pobres da população, 32,0% dos adolescentes de 15 a 17 estavam no ensino médio, enquanto que, nos 20% mais ricos, essa situação se aplicava a 77,9%.
Em 2009, a média de anos de estudo das pessoas de 15 anos ou mais era 7,5 anos, inferior aos 8 anos necessários para a conclusão do o ensino fundamental obrigatório. No Sudeste, a média atingiu 8,2 anos; e, no Nordeste, 6,7. Para as pessoas de 25 anos ou mais de idade, a média era de 7,1 de anos de estudo. Entre os 20% mais ricos, a média alcançou 10,4 anos de estudo acima do nível obrigatório, mas abaixo dos 11 anos equivalentes ao nível médio completo.

Fonte: IBGE. Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1717&id_pagina=1 Acesso em 18/09/10

Fecundidade varia com escolaridade, cor ou raça e região de residência das mulheres

Em 2009, a taxa de fecundidade total (número médio de filhos que uma mulher teria ao final do seu período fértil) foi de 1,94. Esse valor resulta de um declínio da fecundidade na sociedade brasileira, nas últimas décadas. Rio de Janeiro (1,63) e Minas Gerais (1,67) tinham em 2009 as menores taxas; Acre (2,96) e Amapá (2,87), as maiores. Este declínio da fecundidade vem ocorrendo nas últimas décadas em todas as regiões e em todos os grupos sociais, independentemente da renda, cor e nível.
A escolaridade é um dos condicionantes do comportamento da fecundidade feminina. Para o país como um todo, as mulheres com até 7 anos de estudo tinham, em média, 3,19 filhos, enquanto o número de filhos das mulheres com 8 anos ou mais de estudo era 1,68. Comparando os valores regionais extremos, a distância que separa a fecundidade das mulheres menos instruídas da região Norte (3,61) daquelas que possuem mais escolaridade no Sudeste (1,60) era de 2,01 filhos.
Entre as mulheres com menos de 7 anos de estudo, o grupo de 20 a 24 anos de idade concentrava, em 2009, 37% da fecundidade total, e o de 15 a 19 anos, 20,3%. Já entre as mulheres com 8 anos ou mais de estudo, os grupos etários de 20 a 24 anos (25,0%) e de 25 a 29 anos (24,8%) concentravam, juntos, quase metade da fecundidade, e o grupo entre 15 e 19 anos concentrava 13,3%. Entre as mulheres com menor grau de instrução o padrão de fecundidade tende a ser mais jovem. Como resultado, a idade média com que as mulheres têm filhos também se diferenciava pela instrução: entre aquelas com menos de 7 anos de estudo, a média era de 25,2 anos. Entre as que tinham 8 anos ou mais de escolaridade, a idade média era 27,8, uma diferença de 2,6 anos.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Índice da educação básica foi divulgado nesta quinta-feira pelo MEC em Brasília

Notícia completa em Estadão: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,ideb-mantem-evolucao-no-ensino-fundamental-e-estaciona-no-medio,574887,0.htm

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