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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Biomas Brasileiros

Um infográfico muito legal sobre os Biomas Brasileiros.

http://www.forumbiodiversidade.com.br/biomas.php

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Aquecimento Global: temperatura bate recorde histórico em 2010

O Centro Nacional de Dados Climáticos dos Estados Unidos, NCDC, publicou ontem um novo relatório sobre o aquecimento do planeta. De acordo com o órgão, o período entre janeiro e setembro de 2010 se igualou ao ano de 1998 e registrou a sequência mais quente já registrada na história para os primeiros nove meses do ano.

anomalia de temperatura global até 2010
O relatório divulgado mostra que nos primeiros nove meses deste ano a temperatura média da Terra ficou 0.67º C acima da normal registrada nos últimos 131 anos. É o valor mais elevado já registrado no hemisfério norte e o segundo mais quente no hemisfério sul. Até hoje, a sequência anual mais quente foi observada em 2005.

Rank de temperatura mes de setembro
Os valores de temperaturas continentais e oceânicas combinados mostram que setembro de 2010 ficou 0.5º C acima da média de todos os meses de setembro do século 20, empatado com o mesmo mês do ano de 1998. O recorde de setembro foi estabelecido em 2005, quando a anomalia global combinada (oceano e áreas continentais) ficou 1.19º C acima da média.

Artes: No topo, gráfico mostra a anomalia térmica desde o ano de 1880 até o presente. Na sequência, recordes de temperatura para o mês de setembro. Créditos: NCDC/Apolo11.com

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Pampa perde 54% de sua área original

Por ser o mais recente bioma do Brasil, o Pampa ainda é pouco valorizado e já perdeu mais da metade de sua área original e diversas espécies típicas da fauna e flora gaúcha, por conta de atividades agropecuárias insustentáveis. 

Mônica Nunes/Débora Spitzcovsky
Apenas no ano de 2004, o Pampa – que, no Brasil, é restrito ao Estado do Rio Grande do Sul – foi reconhecido oficialmente como bioma pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e, também, pelo MMA – Ministério do Meio Ambiente. No entanto, apesar de ser um bioma recente, o Pampa já sofre com o problema da devastação ambiental e perdeu 54% de sua área original.
A destruição intensa da biodiversidade da região tem, apenas, um culpado: o desmatamento, que é praticado no bioma para possibilitar a realização de atividades agropecuárias insustentáveis. Entre as mais comuns estão a produção de papel e arroz e a pecuária intensiva, que acontecem, principalmente, na cidade de Alegrete, segundo levantamento feio pelo Ibama.
O alto índice de devastação estaria relacionado ao recente reconhecimento do Pampa como bioma. De acordo com o MMA, isso faz com que as pessoas não o valorizem como deveriam e, ainda, pensem que, por ser um bioma novo, ainda há muito para devastar sem grandes consequências.

PERDA DE BIODIVERSIDADE É PREOCUPANTE
O ritmo de devastação do Pampa ainda é o menor entre os biomas brasileiros. A região perde, em média, 364 km² anualmente, enquanto a Amazônia, por exemplo, perde 18 mil km² no mesmo período. Ainda assim, o MMA considera a perda da biodiversidade na região preocupante e digna de atenção, já que o Pampa possui uma grande quantidade de espécies da fauna e flora que são exclusivas do bioma.
No total, são quase 4 mil espécies típicas da região gaúcha, sobretudo vegetais – sem contar a biodiversidade que ainda é desconhecida pelos pesquisadores. Recentemente, por exemplo, foram descobertos novos tipos de peixes e crustáceos nos corpos d’água da região dos campos do Rio Grande do Sul.
A conservação de toda essa biodiversidade do Pampa traria, além dos já conhecidos benefícios da conservação da fauna e flora, uma outra vantagem: a garantia da manutenção das áreas de recarga do aquífero Guarani, que é um reservatório de água importantíssimo para os países do Mercosul (para saber mais, leia a reportagem Aquífero Guarani e a água do Mercosul).
Apesar disso, a proteção da biodiversidade do bioma ainda não é prioridade no Pampa. Segundo dados do governo do Rio Grande do Sul, apenas 3,6% das áreas do bioma consideradas prioritárias estão sob algum tipo de proteção. Para amenizar a situação, o MMA e o ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade realizaram alguns estudos técnicos e se comprometeram a criar três novas unidades de conservação na região. Além disso, o governo ainda quer incentivar outras iniciativas que considera importantes para a preservação do bioma, como o turismo ecológico e a pecuária extensiva, que é típica da cultura gaúcha e contribui para a manutenção e conservação da vegetação local.

O bioma Pampa, que ocupa a maior parte do Rio Grande do Sul, já perdeu quase 54% da vegetação original. Os dados mais recentes do desmatamento do bioma, divulgados hoje (22) pelo Ministério do Meio Ambiente, mostram que, entre 2002 e 2008, 2.183 quilômetros quadrados (km²) de cobertura nativa foram derrubados.
O levantamento, feito pelo Centro de Monitoramento Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)*, aponta os 19 municípios gaúchos que mais desmataram o bioma no período. Alegrete, no extremo oeste do estado, é o campeão de derrubada, com 176 km² de desmate entre 2002 e 2008. As cidades de Dom Pedrito e Encruzilhada do Sul aparecem em seguida, com 120 km² e 87 km² desmatados em seis anos.
Apesar do grande percentual desmatado, o ritmo de devastação do Pampa é o menor entre os biomas brasileiros. De acordo com os dados do MMA, a região perdeu anualmente, em média, 364 km² de vegetação nos últimos seis anos. No Cerrado, o ritmo anual de devastação é de 14 mil km² por ano e, na Amazônia, a derrubada atinge 18 mil km² de floresta anualmente.

Veja a lista dos municípios que mais desmataram o bioma Pampa entre 2002 e 2008:

Município               Área desmatada entre 2002 e 2008 (km2)
Alegrete                                                   176,23
Dom Pedrito                                            120,45
Encruzilhada do Sul                                    87,27
Rosário do Sul                                           86,6
Santana do Livramento                              84,77
Uruguaiana                                                82,91
São Gabriel                                               81,29
Bagé                                                         66,69
Piratini                                                       63,73
São Borja                                                 60,68
Itaqui                                                        53,04
Jaguarão                                                   48,56
São Francisco de Assis                             43,23
Cachoeira do Sul                                      42,68
Santiago                                                   40,99
Cacequi                                                   39,59
Santa Maria                                             36,19
Maçambara                                             35,88
Tupanciretã                                             34,84

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Americanos não entendem aquecimento

Sessenta e três por cento dos americanos acreditam que o aquecimento global está acontecendo, mas muitos não entendem porque, diz estudo da Universidade Yale.

A pesquisa mostra que apenas 57% dos americanos sabem o que é o efeito dos gases estufa, e só 47% entendem que o CO2 aprisiona calor da superfície da Terra, informa o Physorg. Dos pesquisados, 50% entendem que o aquecimento é causado em sua maior parte por atividades humanas. E a grande maioria acha, incorretamente, que o buraco na camada de ozônio e aerossóis possam causar aquecimento. 75% deles nunca ouviram falar de problemas como a acidificação do mar.

No entanto, muitos compreendem que as emissões de carros e caminhões, e a queima de combustíveis fósseis, contribuem com o aquecimento global, e que a transição para fontes alternativas de energia é uma solução importante.

Quase todos reconhecem as limitações de seus conhecimentos. Apenas 1 em cada 10 pessoas diz estar "bem informada"sobre a mudança do clima. Mas 75% dizem que as escolas deveriam ensinar as crianças sobre a mudança do clima, enquanto 68% aprovariam um programa nacional para a melhor compreensão do tema.

PS: grifos meus.
PS2: entenda-se americanos como os estadunidenses.
PS3: gostaria de ver uma pesquisa dessas no Brasil.

Fonte: Planeta Sustentável. Disponível em http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/planetaurgente/eua-mostram-desinformacao-270479_post.shtml. Acesso em 18/10/2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Desertificação

Conter a desertificação que ameaça um bilhão de pessoas no planeta é a meta da ONU para a próxima década. O plano de combate deve contemplar o semiárido no Nordeste e norte de MG, mas os solos sem cobertura vegetal no pampa ficam de fora: entenda por quê.

Por: Bruna Ventura - Publicado em 14/10/2010 | Atualizado em 14/10/2010

Um terço da população mundial vive em terras secas em mais de 100 países – a maioria deles em desenvolvimento. De acordo com a estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de um bilhão de pessoas têm sua subsistência ameaçada pelo risco da desertificação, que pode levar ao rompimento de quase metade dos sistemas de cultivo de todo o mundo.
A gravidade da ameaça levou a ONU a lançar um plano de combate à desertificação, que busca a proteção e o manejo responsável das terras secas nos próximos dez anos. A Década para os Desertos e a Luta contra a Desertificação foi anunciada no último mês de agosto, simultaneamente no Brasil e na África.
No Brasil, a ameaça da desertificação costuma ser associada a duas regiões distintas – o semiárido do Nordeste e os pampas gaúchos. No entanto, o que se verifica em cada uma dessas áreas são fenômenos causados por fatores de natureza diversa – tanto que alguns especialistas preferem usar termos diferentes para designá-los.

vídeo institucional da ONU que alerta para os riscos da desertificação

O caso do semiárido

Em grande parte da região Nordeste e no norte de Minas Gerais, as áreas suscetíveis à desertificação cobrem mais de um milhão de quilômetros quadrados segundo as estimativas oficiais  do Ministério do Meio Ambiente (que incluem ainda nessa estatística uma área do noroeste do Espírito Santo, contestadas por alguns pesquisadores por não apresentar clima seco).
O risco de desertificação é associado a um processo de degradação do solo motivado pela intervenção humana. “O desmatamento, o pastoreio em excesso e a irrigação mal feita são responsáveis por essa degradação”, resume Bartolomeu Israel de Souza, estudioso do tema na Universidade Federal da Paraíba.
“Os principais prejuízos são a redução da biodiversidade, a compactação, erosão e diminuição da fertilidade dos solos, o assoreamento dos rios e a extinção de nascentes de água.”
O geógrafo lembra também que o aquecimento global também pode ter sua parcela de culpa. “De acordo com a definição oficial da ONU para desertificação, as mudanças climáticas também podem gerar esse tipo de impacto ambiental, mas ainda não existem provas de que isso aconteça no Brasil”, afirma.
Souza considera bem-vinda a campanha contra a desertificação no semiárido brasileiro. “O plano da ONU pode canalizar investimentos nacionais e internacionais para o uso sustentável das terras. Outras medidas de combate são o reflorestamento e a contenção da erosão”, destaca o pesquisador.
Ele também alerta para a necessidade de investimentos em educação, assistência técnica para os pequenos e médios produtores da zona rural, revisão política da distribuição de terras, mapeamento de unidades de conservação ambiental e incentivo ao turismo rural e ao ecoturismo na região.

Arenização vs. desertificação

A outra região do Brasil que vem à mente quando se fala em desertificação é o pampa da região Sul. As áreas de solo exposto nesse bioma já foram consideradas vítimas em potencial da desertificação em decorrência da monocultura de soja, que enfraquece o solo e elimina a vegetação original. No entanto, essas áreas não estão contempladas no plano da ONU, e alguns especialistas relutam em falar de desertificação para definir o que ocorre ali.
“Para que uma área seja considerada desertificada, o solo em questão deve estar localizado em regiões áridas, semiáridas ou semiúmidas. O pampa é úmido”, explica a geógrafa Dirce Maria Suertegaray, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
 “O que vemos, principalmente na porção sudoeste do Rio Grande do Sul, são dois processos diferentes de erosão do solo. Um corresponde à ação humana, enquanto o outro é um fenômeno natural que, portanto, não deveria ser combatido”, diferencia.
Segundo a pesquisadora, que estudou dez cidades no sudoeste do Rio Grande do Sul, existem áreas onde a erosão do solo não tem está vinculada à interferência humana. Nesse caso, o conceito mais adequado para denominar o processo é arenização.
Panorama do pampa gaúcho. Esse bioma conta com várias áreas em que o solo sofreu um processo natural de erosão do solo, que os especialistas preferem chamar de arenização, em vez de desertificação (foto: Eduardo Amorim – CC 2.0 BY-NC-SA).

“O solo dessas regiões está associado a depósitos superficiais arenosos que podem ter origem vinculada a processos fluviais e eólicos de clima semiárido. Há cerca de 3 mil anos, esse local era dominado por um clima semiárido, e não úmido, como conhecemos hoje, e as dunas que constituem parte desses depósitos superficiais são uma herança desse tempo”, diz Suertegaray.
De acordo com a geógrafa, o clima se tornou úmido com o passar do tempo, o que fez com que a vegetação se expandisse. “A umidificação do clima e os processos decorrentes da ação das águas, como o escoamento concentrado na forma de ravinas e voçorocas, formaram sulcos no solo que, em alguns casos atingiram os lençóis freáticos. Estes processos promoveram e a remobilização das areias. Com isso, os depósitos superficiais foram parcialmente removidos e originaram os areais”, explica.

Pampas de fora

Por causa dessa diferença, o Ministério do Meio Ambiente, assim como a ONU, não inclui o pampa gaúcho no plano de combate à desertificação que estabeleceu em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em vez disso, o órgão classifica o sudoeste do Rio Grande do Sul como uma área de atenção especial.
“Existem interesses políticos e administrativos em receber aporte internacional para recuperar estes biomas, mas, no caso do pampa, está comprovado que o processo de arenização promoveu um ecossistema particular, de origem antiga, com espécies vegetais e animais adaptadas aos areais", avalia Suertegaray.
"Então, a verba recebida seria destinada a quê? A destruir esse ecossistema particular? Não seria melhor investir na reconstituição das áreas que efetivamente foram erodidas pelas atividades humanas?”, questiona a geógrafa.

Fonte: Ciência Hoje On-line. Disponível em http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2010/10/proximo-alvo-desertificacao. Acesso em 14/10/2010.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Efeito estufa x Aquecimento global

Há muita confusão na mídia em relação ao efeito estufa. Ouvimos muito a expressão que o efeito estufa é um problema sério, que é culpa do homem, etc.. etc..
É preciso deixar claro que o efeito estufa é um fenômeno natural, responsável pela manutenção de vida na Terra. O problema é quando este fenômeno pode ser agravado pela ação humana, o que chamamos de aquecimento global.
Fonte: Nova Escola. Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/geografia/fundamentos/quais-consequencias-boas-efeito-estufa-488078.shtml Acesso em 22/09/10

sábado, 11 de setembro de 2010

Trabalhos sobre biomas brasileiros da TA09






MATA DOS COCAIS

CAATINGA


CERRADO


FLORESTA ATLÂNTICA


CAMPOS


FLORESTA AMAZÔNICA

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Trabalhos sobre biomas brasileiros da IA09

CERRADO


PANTANAL


FLORESTA AMAZÔNICA


MATA DOS COCAIS


VEGETAÇÃO LITORÂNEA


FLORESTA ATLÂNTICA


FLORESTA DE ARAUCÁRIAS


CAATINGA


CAMPOS

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Satélite capta imagem que indica possível começo do La Niña

Resfriamento das águas superficiais do Pacífico é o oposto do El Niño. Parte sul do Brasil registra clima mais seco com o fenômeno.
 
Chegando - Área azul indica água em baixa temperatura na região equatorial do Pacífico; vermelho e amarelo indicam temperatura elevada (Foto: European Ocean Surface Topography Mission / satélite oceanográfico Jason-2 / Nasa).


A mais recente imagem de satélite da superfície do Oceano Pacífico mostra a provável transição nos últimos meses do fenômeno El Niño para o La Niña. A área azul no centro da imagem indica a presença de água em baixa temperatura na região do equador.
Resquícios de água quente são indicados em vermelho e amarelo. “Os próximos dois meses vão revelar se a tendência atual de resfriamento vai, no fim das contas, evoluir para uma duradoura situação La Niña”, avalia Bill Patzert, oceanógrafo e climatologista da Nasa, a agência espacial americana.
O La Niña, resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico, é o oposto do El Niño, que as aquece.
É comum que o La Niña suceda ao El Niño, situação em que as águas na faixa equatorial do Pacífico se aquecem acima do normal, empurrando massas de ar quente contra a costa oeste da América do Sul. O El Niño habitualmente aumenta as chuvas, com possibilidades de tormentas.
Peru, Equador, Chile, Argentina e a parte sul do Brasil registram climas mais secos em anos de La Niña. Por isso, para muitas regiões norte e sul-americanas, o La Niña costuma ser chamado de “diva da seca”, segundo Patzert.
A imagem foi capturada em 11 de junho e divulgada nesta quinta-feira (24).

Fonte: G1. Disponível em http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/06/satelite-capta-imagem-que-indica-possivel-comeco-do-la-nina.html. Acesso em 09/09/2010

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Trabalhos sobre biomas brasileiros da AB09

 Floresta Atlântica

Trabalhos sobre biomas brasileiros da AA09

Floresta Amazônica



domingo, 5 de setembro de 2010

Biomas Brasileiros

Os alunos dos segundos anos fizeram trabalhos para apresentação sobre os biomas brasileiros. Irei postar os trabalhos de cada equipe no blog.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Cerrado e áreas privadas são focos de incêndio

Thays Prado - 01/09/2010 - Planeta Sustentável

Mais de 67% dos incêndios florestais no Brasil ocorrem em áreas privadas e estão concentrados no bioma do Cerrado. Ali, o fogo ainda é utilizado por índios e fazendeiros como instrumento de manejo, mas as queimadas acabam saindo do controle. O restante dos focos de incêndio se divide entre áreas indígenas (13%), assentamentos de terra (8%) e unidades de conservação (7%).
Segundo o Ibama e o Instituto Chico Mendes, o governo já gastou mais de R$30 milhões em operações de prevenção e combate às queimadas nas 109 áreas críticas do país. E mais R$20 milhões serão liberados para dar continuidade às ações que vão até meados de setembro, quando se espera que comece a chover. Boa parte dos recursos acaba sendo destinada a apagar focos de incêndios em propriedades privadas que ficam ao lado de parques e reservas ambientais.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Segundo ela, 2010 não foi o pior ano em quantidade de queimadas: enquanto, este ano, foram registrados 12,5 mil focos, em 2007, os registros chegaram a quase 38 mil.

Fonte: Planeta Sustentável. Disponível em: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticias/cerrado-areas-privadas-sao-focos-incendio-queimadas-mma-593072.shtml. Acesso em 01/09/10

Quase metade da energia brasileira provém de fontes renováveis

Em 2009, 47,2% da energia utilizada no Brasil era fruto de fontes renováveis, que podem fornecer energia continuamente, se adotadas estratégias de gestão sustentável, semelhante ao observado em 1992 (47,6%), início da série histórica. O que se verificou foi um período de queda até 2001, quando o índice chegou a 39,3%, resultado da queda na participação de hidrelétricas, da redução do consumo de lenha e carvão vegetal e do aumento da participação do gás natural na matriz energética brasileira. Já o crescimento a partir de 2002 (41%) se deveu principalmente ao aumento da utilização de biomassa (cana-de-açúcar), e em menor escala das chamadas fontes alternativas, como energia solar, eólica, biogás, , entre outras. Há que se ressaltar que mesmo fontes renováveis também causam impactos socioambientais.
A matriz energética brasileira ainda depende em grande parte de fontes não renováveis: 52,8% da energia produzida vêm de petróleo e derivados (37,8%), gás natural (37,8%), carvão mineral e derivados (4,8%) e urânio e derivados (1,4%). A dependência de fontes como essas pode não ser sustentável a longo prazo.
Todas as informações sobre energia são da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Poluição do ar se mantém estável nas grandes cidades, mas concentração de ozônio cresce

Para a maior parte das regiões metropolitanas, a maioria dos poluentes atmosféricos apresentava tendência estacionária ou de declínio das concentrações máximas (poluição aguda) e médias (poluição crônica) em 2008, em relação aos anos anteriores. Este resultado decorre em parte de programas de controle da qualidade do ar.
O declínio de concentrações é mais acentuado e evidente para as partículas totais em suspensão (PTS) e partículas inaláveis (PM10), apesar de que algumas cidades e regiões metropolitanas ainda estão muito acima do padrão do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de 240 e 150 microgramas por metro cúbico (mg/m3) respectivamente. No Distrito Federal, a concentração máxima anual em 2008 de PTS ficou em 1.209 mg/m³ (o que pode refletir as condições climáticas locais e a ocorrência de queimadas no entorno de Brasília durante a estação seca). Em Vitória (ES), as máximas anuais do PTS e do PM10, em 2008, atingiram 717 mg/m³ e 669 mg/m³; respectivamente. Para o mesmo ano, em Curitiba, a concentração máxima de PTS chegou a 589 mg/m³ e a de PM10 a 420 mg/m³. As partículas inaláveis provocam e agravam doenças respiratórias, além de poderem transportar gases tóxicos.
O ozônio (O3) segue na contramão do declínio da concentração de poluentes atmosféricos, mantendo a tendência de aumento. O padrão do Conama é de 160 mg/m³; entre as regiões metropolitanas com maiores máximas anuais de concentração desse gás, estão Belo Horizonte (300 mg/m³), São Paulo (279 mg/m³) e Rio de Janeiro (233 mg/m³). Esse poluente é gerado, na baixa atmosfera, a partir de reações fotoquímicas entre óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis, ambos oriundos da queima de combustíveis fósseis; o aumento da frota de veículos nas grandes cidades dificulta o controle das suas concentrações.
Já o dióxido de nitrogênio (NO2), proveniente da queima de combustíveis fósseis e um dos responsáveis pela chuva ácida, apresentou, em 2008, máxima anual substancialmente acima do padrão (320 mg/m³) em Curitiba (413 mg/m³).

Consumo de substâncias destruidoras da camada de ozônio continua baixo, embora com pequeno aumento no último ano da série.

O consumo aparente anual (produção + importação – exportação) de substâncias destruidoras da camada de ozônio no Brasil, que havia caído de 11,20 mil toneladas de potencial de destruição do ozônio em 1992 para 1,43 mil toneladas em 2006 (redução de 86%), voltou a subir ligeiramente, chegando a 2,09 mil toneladas em 2008, segundo o Núcleo de Ozônio do Ministério do Meio Ambiente.
Os HCFCs (hidroclorofluorocarbonos, usados principalmente nos setores de refrigeração e ar-condicionado, espuma, solventes e extinção de incêndio) se tornaram, a partir de 2006, as substâncias destruidoras mais proeminentes, respondendo, em 2008, por mais de 85% do consumo industrial no país. No sentido oposto, os clorofluorocarbonetos (CFCs), principais responsáveis pela destruição mundial da camada de ozônio, continuam caindo no país: em 1992, seu consumo era de 9.360 toneladas de potencial de destruição do ozônio, indo a 290 toneladas em 2008.

Desmatamento e queimadas lideram emissões de gases-estufa

De 1990 a 1994, o total líquido da emissão de gases do efeito estufa no Brasil aumentou em 8,8% (de 1,35 para 1,48 bilhão de toneladas de CO2 eq1), enquanto que, de 2000 a 2005, o incremento foi de 7,3% (de 2,05 para 2,20 bilhões de toneladas), mostrando uma desaceleração. Considerando todo o período analisado (1990 a 2005) o crescimento das emissões foi de quase 40%.
As atividades relacionadas a mudanças no uso das terras e florestas – que incluem os desmatamentos na Amazônia e as queimadas no cerrado - contribuíram com 57,9% do total das emissões líquidas (emissões brutas menos remoções) de gases de efeito estufa produzidos pelas atividades humanas em 2005.É importante frisar que o ano de 2005 foi um dos mais críticos em termos de desflorestamento na Amazônia e queimadas no Brasil. A agricultura apareceu em segundo lugar, com 480 milhões de toneladas de CO2 eq (21%), por causa das contribuições do uso de fertilizantes nitrogenados e de calcário, perdas de matéria orgânica do solo e da emissão de metano em cultivos de arroz inundado. Os dados são do Ministério da Ciência e Tecnologia.
A produção de energia, que nos países mais desenvolvidos está em primeiro lugar na emissão de gases-estufa, ficou em terceiro lugar no Brasil, em 2005, contribuindo com 16% do total (362 milhões de toneladas de CO2 eq). Isso se deve principalmente à natureza da matriz energética nacional, que tem forte participação de fontes renováveis de energia, com predomínio de hidrelétricas e de biomassa (lenha e biocombustíveis).

1 O cálculo da emissão total usa como base a equivalência com o dióxido de carbono (CO2 eq), porque, apesar de outros gases apresentarem potencial de elevação de temperatura atmosférica muito maior do que o CO2, a predominância do dióxido de carbono na atmosfera faz com que ele sirva como base de comparação.

Restam menos de 10% da Mata Atlântica, e desmatamento é alto no cerrado

Entre 2005 e 2008, foram desflorestados 1.028 km² da Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do mundo e que agora conta apenas com 133.010 km² de área remanescente, menos de 10% da original. As informações são da ONG SOS Mata Atlântica.
Já o cerrado, segundo maior bioma brasileiro, que abrange as savanas do centro do país, teve sua cobertura vegetal reduzida a praticamente a metade, de 2.038.953 km² para 1.052.708 km², com área total desmatada de 986.247 km² (48,4%) até 2008, sendo que 85.074 km2 (4,2% do total) foram destruídos entre 2002 e 2008, segundo dados do Centro de Sensoriamento Remoto do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (CSR/Ibama) em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente. O percentual de área desmatada neste bioma é maior que o verificado na Floresta Amazônica.
Entre 2002 e 2008, os estados que apresentaram, em termos absolutos, maior área desmatada foram Mato Grosso (17.598 km²), Maranhão (14.825 km²) e Tocantins (12.198 km²) e, em termos relativos, Maranhão (7,0%), Bahia (6,1%) e Mato Grosso (4,9%).

Desflorestamento diminui, mas atinge 14,6% da Amazônia Legal

Após um período de crescimento quase contínuo da taxa anual de desflorestamento na Amazônia Legal (Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso) entre 1997 (13.227 km² ao ano) e 2004 (27.423 km²), quando atingiu um pico, o valor tem se reduzido nos últimos cinco anos, de acordo com dados do Inpe. Estimativas preliminares indicam uma área desflorestada para o ano de 2009 de 7.088 km², 74,1% menor que a de 2004. Entretanto, a área total desflorestada da Amazônia, que até 1991 era de 8,4% (426.400 km²), chegou a 14,6% (739.928 km²) em 2009.
A floresta Amazônica é o mais extenso dos biomas predominantemente florestais do território brasileiro. Em termos mundiais, abrange 1/3 das florestas tropicais úmidas do planeta e detém a mais elevada biodiversidade, o maior banco genético do mundo, além de 1/5 da disponibilidade mundial de água potável. Juntamente com as queimadas, o desflorestamento é o maior responsável pelas emissões de gases do efeito estufa no Brasil.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

biomas brasileiros

Vai uma dica para os alunos que estão fazendo o trabalho sobre biomas:
http://planetasustentavel.abril.com.br/planosdeaula/

Paisagens do mundo