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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Santa Catarina no IDS 2010

Expectativa de vida

Santa Catarina apresenta a segunda maior expectativa de vida ao nascer (75,5 anos), perdendo apenas para o Distrito Federal (75,6 anos). A média brasileira alcançou 73 anos, em 2008, enquanto que em países desenvolvidos passa dos 80 anos. O estudo mostra que houve um aumento de seis anos na vida média do brasileiro entre 1992 e 2008. Segundo o IBGE, o aumento está ligado à melhoria nas condições gerais de vida e de saúde da população.
O aumento só não é maior, de acordo com os pesquisadores, devido ao aumento de mortes entre jovens provocadas pela violência.A pesquisa ainda destaca o fato de persistirem as desigualdades regionais, o que reflete diferentes níveis de qualidade de vida da população. Enquanto na Região Nordeste a expectativa de vida era de 70,1 em 2008, no Sul chega a 75 anos.

Homicídios
Santa Catarina apresenta a menor taxa de homicídios do país. O índice representa a relação entre o número de assassinatos e a população total do estado, sendo expressa em homicídios anuais por 100 mil habitantes. Em 2007, o estado apresentou 10,4 homicídios a cada 100 mil habitantes. Em segundo lugar ficou o Piauí (12,4) e, em terceiro São Paulo (15,4). Já os maiores índices estão em Alagoas (59,5), Espírito Santo (53,3) e Pernambuco (53). Analisando o sexo das vítimas, a taxa de homicídios entre homens catarinenses é de 18,6 e entre mulheres 2,3. Em geral, os homens apresentam valores consideravelmente superiores às mulheres (10 vezes maiores em média).

Acidentes

Se entre homicídios SC está na base da tabela, no que se refere a acidentes de trânsito o estado sobe para o topo. Santa Catarina apresenta a segunda maior taxa de mortes nas estradas - 32,7 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes. O índice só fica atrás de Roraima (33,7) e está bem acima da média nacional (20,3). Novamente os homens são as principais vítimas - 53,5 contra 12,1 de mulheres.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera os acidentes de trânsito como um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, especialmente entre países desenvolvidos. O crescimento do número de vítima estaria ligado à acelerada urbanização e motorização, não acompanhada na mesma proporção de infraestrutura adequada. O problema, que cresce mundialmente a cada ano, afeta todos os grupos socioeconômicos, com maior frequência os mais pobres, e implica em custos elevados para o sistema de saúde.

Mata Atlântica

Santa Catarina é um dos estados com a maior área remanescente de Mata Atlântica, ficando atrás somente de Minas Gerais e São Paulo. No entanto, o estado também foi um dos mais desmataram entre 2005 e 2008. Nestes período, a área de Mata Altântica catarinense reduziu-se em 260 quilômetros quadrados, extensão menor, em termos absolutos, apenas se comparado a Minas Gerais.

Balneabilidade

A pesquisa ainda avaliou as condições de balneabilidade de algumas praias brasileiras. De Santa Catarina foram analisados os percentuais das praias de Balneário Camboriú, Itapema e Canasveiras, em Florianópolis. Na análise da presença de coliformes fecais, de 2006 a 2008, houve redução dos percentuais nas três praias.
De forma geral, o estudo mostra que as praias mais próximas de portos e centros urbanos, especialmente aquelas em locais mais abrigados e com menor renovação da água (como baias) apresentam a pior qualidade da água. No entanto, para o IBGE, o resultado catarinense reflete a ampliação do sistema de coleta e tratamento de esgoto local.

Saneamento

Com relação a coleta de lixo, o estudo traz dados de 2008 que mostram que, na área urbana, 99,7% do lixo é coletado. O pecentual é maior que a média nacional, que chega a 97,8%. Já na área rural, 53,1% dos moradores têm coleta de lixo, enquanto que 44,6% é queimado ou enterrado na propriedade.
Já no que diz respeito a distribuição de água, na área urbana, 92,1% tem ligação com rede de abastecimento e 7,8% obtém a água a partir de poço ou nascente. Na área rural, o percentual de residências ligados à rede de abastecimento de água cai para 12,7%, sendo que 86,7% dependem de poço ou nascente.
No acesso a esgoto, nas cidades, 31,9% das casas estão ligadas à rede coletora, 54,6% usam fossa e 2,7% são lançados nos mares ou rios. Na área rural, apenas 6,1% das residências tem ligação com rede coletora, enquanto que 44,4% usam fossa séptica e 36,1% fossa rudimentar.

Taxa de alfabetização

O estudo conclui que 95,6% da população catarinense com mais de 15 anos de idade é alfabetizada. É um dos percentuais mais altos do país, ao lado do Distrito Federal (96%), Amapá (95,9%) e Rio de Janeiro (95,6%). O levantamento chama a atenção de que se mantém a disparidade entre as taxas de alfabetização entre as regiões brasileiras.
Enquanto que estados como Alagoas, Piauí e Parabaíba apresentam taxas de 74,3%, 75,7% e 76,5%, respectivamente, outros estados tem taxas acima de 95%. Em geral, os brancos apresentam taxas mais elevadas que negros e pardos em todas as unidades da Federação. Além disso, na maioria dos estados das regiões Sudeste e Sul, os homens são mais alfabetizados que as mulheres, ao passo que nos estados das demais regiões a situação é predominantemente contrária.

Escolaridade
O estado também se destaca no índice de escolaridade, que leva em consideração a média de anos de estudo da população com mais de 25 anos de idade. Santa Catarina é o quinto com a maior taxa de escolaridade, com uma média de 7,6 anos de estudo, ficando atrás dos estados do Distrito Federal (9,3), Rio de Janeiro (8,2%), Amapá (8,1%) e São Paulo (8%).
Uma análise geral da escolaridade por sexo, no período de 1992 a 2008, mostra que a partir de 2001 as mulheres passaram a deter maiores médias de anos de estudo. Mas esta conquista ainda não fez as mulheres alcançarem os homens nos salários, em 2008, em média, o rendimento mensal das mulheres foi de R$ 814, enquanto que o dos homens chegou a R$ 1.204.

Pesca

O estado também aparece como líder nacional na produção de pescado. Em 2007, os catarinenses pescararm 184.493,5 toneladas de peixe, sendo 149 mil toneladas de origem marinha e 568 toneladas de origem continental (em rios e lagoas). Na aquicultura, foram criadas 11,8 mil toneladas de pescado em área marinha e 22,9 mil toneladas no continente. Em segundo lugar nacional está o estado do Pará, com total de 129,8 mil toneladas.
Em nível nacional, o estudo chama a atenção para a estagnação verificada na pesca extrativista pode ser um sinal de esgotamento dos recursos pesqueiros. Outro fator que a pesquisa destaca é a destruição dos manguezais e lagunas, além da crescente poluição dos estuários. "A destruição destes ambientes, juntamente com a sobrepesca, ameaçam o futuro da pesca extrativa marinho", alertam os pesquisadores.

PIB per capita
Santa Catarina apresenta o quinto maior PIB per capita do país e o maior da região Sul. A taxa indica o nível médio de renda da população. O PIB per capita catarinense é de R$ 17.834, ficando atrás do Distrito Federal (R$ 40.696), São Paulo (R$ 22.667), Rio de Janeiro (R$ 19.245) e Espírito Santo (R$ 18.003). O PIB per capita é normalmente utilizado como um indicador do ritmo de crescimetno da economia. Nos últimos 14 anos, o índice brasileiro passou de R$ 4.441 (1995) para R$ 5.405 (2007), um aumento de 21,7%.

Fonte: DC. Disponível em http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&section=Geral&newsID=a3025480.xml. Acesso em 01/09/2010

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