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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Entenda como se forma a névoa química na cidade de São Paulo

A cidade de São Paulo registrou ontem o quinto dia consecutivo com umidade do ar abaixo de 30%, a maior sequência desse tipo de clima desde 1945. O efeito é agravado ainda mais pela grande concentração de material particulado que paira na atmosfera e que tem tornado os dias dos paulistanos cada vez mais irrespiráveis. 

Apesar da baixa umidade ser comum nessa época do ano, as péssimas condições da atmosfera na Grande São Paulo estão altamente favorecidas pela intensa poluição do ar, agravada em grande parte pela maior circulação de automóveis. Estudos realizados em 2006 evidenciaram que a utilização do álcool na matriz energética também influenciou a relação dos compostos orgânicos emitidos para a atmosfera, colaborando ainda mais com o problema. 
Devido à fraca circulação dos ventos e baixa umidade, o material poluente não se dissipa e cria uma névoa seca facilmente visível em fotografias de longa distância. Entenda como acontece.
Névoa Fotoquímica
Conhecida como “smog fotoquímico”, essa névoa é formada da mistura de poluentes secundários criados pelas reações entre os óxidos de nitrogênio e alguns compostos orgânicos voláteis, liberados durante a queima incompleta e na evaporação de combustíveis e solventes. Esse material reage na presença dos raios ultravioleta do Sol gerando o ozônio, um dos poluentes que mais contribuem para os baixos índices de qualidade do ar nos grandes centros urbanos. 

 
Apesar das imagens mostrarem a camada de poluição no horizonte, de fato ela não está distante. Toda a cidade está imersa dentro dessa névoa, que apenas parece amplificada no horizonte devido à ilusão de ótica causada pela densidade do ar poluído.

Fotos: Imagens registradas na manhã de 27 de agosto de 2010 mostram o horizonte da cidade recoberto por uma espessa camada de poluição. Esta névoa recebe o nome de “smog fotoquímico” e é formada pelo material produzido pela queima incompleta e na evaporação de combustíveis e solventes. No topo, a visão do leste da cidade, alguns minutos antes do Sol nascer. No centro, o sol tenta iluminar a cidade, mas a névoa teima em dificultar seu trabalho. Acima, imagem do quadrante oeste alguns instantes antes da alvorada, também revela a espessa névoa. No céu, a Lua e Júpiter testemunham o evento. Crédito: Apolo11.com/Rogério Leite


Fonte: Apollo 11, publicado em 27/08/10. Disponível em  http://www.apolo11.com/clima.php?posic=dat_20100827-112826.inc

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